09/01/2013 às 12h01min - Atualizada em 09/01/2013 às 12h01min

As sete maravilhas de Maricá – Cachoeira do Espraiado

Lei Seca Maricá exibiu nesta semana reportagens especiais com as sete maravilhas do município 
Com queda d'água de 3m, a Cachoeira do Espraiado está localizada em um lugar tranquilo onde a mãe natureza comanda o espetáculo
REPORTAGENS :: FELIPE MEDEIROS - O LSM começou na última quinta-feira (03) e termina nesta quarta-feira (09) uma série de reportagens que exibiram as sete maravilhas de Maricá.Um grupo de internautas elegeu as sete maravilhas de Maricá e a última delas que será exibida nesta quarta-feira (07) é a Cachoeira do Espraiado. A série exibiu entre as sete maravilhas: O Farol de Ponta Negra, a Pedra do Elefante em Itaipuaçu, o arquipélago das Ilhas Maricás, no litoral maricaense, a Pedra do Macaco, em São José do Imbassaí, A Igreja de Nossa Senhora do Amparo no Centro da Cidade, A Pedra do Silvado e por último, a Cachoeira do Espraiado. As reportagens mostraram que muitos locais são difíceis de serem acessados, outros nem os moradores onde estão situados conhecem, a maioria tem uma beleza tão diferente e ímpar que parecem ilustrações de livros de autoajuda que buscam a paz e a espiritualidade.
Cachoeira do Espraiado Com queda d'água de 3m, a Cachoeira do Espraiado está localizada em um lugar tranquilo onde a mãe natureza comanda o espetáculo. Fica a 10,5 km do centro de Maricá.É formada pelas escarpas da Serra do Silvado, pela Serra do Mato Grosso e pela Serra do Barro do Ouro. No alto, vegetação densa da mata tropical. No fundo, áreas de gramíneas e vegetação esparsa. A paisagem é composta por serras, córregos e riachos que nascem em suas encostas e correm em leitos pedregosos para o fundo do Vale, onde forma-se a cachoeira do Espraiado. Ao longo destes sete dias, o LSM mostrou que Maricá, integrante da Região Metropolitana do Estado do Rio de Janeiro é muito conhecida pelas suas belas praias, mas a cidade também possui uma região serrana que é ainda pouco explorada pelos turistas. O relevo da cidade é predominantemente formado pela planície costeira, onde mora e trabalha quase a totalidade da população. Mais ao norte do município - na divisa com os municípios de Itaboraí e Tanguá - encontramos uma pequena amostra da Serra do Mar. É nessa região que descobrimos a porção de Mata Atlântica mais preservada do município, que juntamente com as cachoeiras, córregos e rios compõem a beleza do local. As fazendas e chácaras remetem ao clima de cidade do interior. História de Maricá O povoamento de Maricá começou no final do século XVI, efetivado pelos portugueses que haviam recebido terras em doação (as sesmarias) na faixa do litoral compreendido entre Itaipuaçu e a Lagoa de Maricá. Quando o Padre José de Anchieta chegou às margens da Lagoa em 1584 (onde se realizou a célebre pesca milagrosa), ali encontrou diversos núcleos de povoamento em plena atividade, destacando-se as sesmarias de Antônio Mariz, na região de São José de Imbassaí, e a de Manoel Teixeira, localizada junto à Lagoa. O primeiro centro efetivo de população localizou-se onde se encontram o povoado de São José de Imbassaí e a Fazenda de São Bento, fundada em 1635 pelos frades beneditinos. Neste mesmo lugar foi construída a primeira capela da região, dedicada a Nossa Senhora do Amparo e reconhecida como paróquia perpétua em 12 de janeiro de 1755. As febres palustres, que então existiam ali, forçaram os colonos a mudar para o outro lado da lagoa, onde estabeleceram as bases da Vila de Santa Maria de Maricá, elevada a essa categoria em 1814, e destacando-se assim das terras do Rio de Janeiro, de Cabo Frio e da Vila de Santo Antônio de Sá, às quais pertencia. Em 1889, logo após a Proclamação da República, a Vila de Maricá apresentava um progresso tão grande que o governo resolveu elevá-la à categoria de cidade. A Lei Áurea, por outro lado, prejudicou bastante a atividade agrícola, fazendo com que a nova cidade sofresse algumas dificuldades no seu desenvolvimento. Após a Segunda Grande Guerra, o município passou por intensas transformações em suas atividades econômicas, pois com a crise no mercado de produtos cítricos, as antigas fazendas entraram em declínio e a produção agrícola passou a depender do mercado consumidor da metrópole carioca e sua região metropolitana. Maricá torna-se um importante fornecedor de produtos agrícolas para o Rio de Janeiro. Outro importante fator de transformação também ocorrido na década de cinqüenta (séc. XX), foi a melhoria dos meios de circulação, em especial a pavimentação da rodovia Amaral Peixoto, que liga a Região Metropolitana aos municípios da Região dos Lagos, levando ao desenvolvimento das atividades turísticas devido aos seus atrativos naturais como lagunas e praias de grande beleza e de excelente qualidade ambiental. A partir dos anos 70, após a construção da ponte Presidente Costa e Silva (Rio-Niterói), é que as atividades vinculadas ao turismo e ao lazer de fim de semana, apresentaram características de um crescimento desordenado e nocivo aos próprios atrativos da região. Na época atual, Maricá passou por outra importante transformação, deixando de ser uma área de intensa ocupação nos fins de semana e período de férias, para ser cada vez mais ocupada por uma população permanente. Com isso, constituiu-se verdadeiramente em um chamado município dormitório, já que grande parte deste contingente populacional ainda trabalha em outros municípios, principalmente em Niterói e no Rio de Janeiro.

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