19/04/2012 às 14h00min - Atualizada em 19/04/2012 às 14h00min

Tribunal de Justiça caça 'fantasmas' em Maricá

Quaquá enfrenta dificuldades em sua administração
(Foto :: Arquivo | Lei Seca Maricá)
O SÃO GONÇALO - O juiz Rafael Rezende das Chagas, da 2ª Vara Cível, determinou que o prefeito de Maricá, Washington Quaquá (PT), forneça a listagem completa com nomes e cargos de todos os servidores comissionados, com seus respectivos salários e gratificações. Segundo denúncias de opositores, os danos ao município, com possíveis contratações fantasmas podem ter passado dos R$ 10 milhões.

Autor de uma denúncia no Ministério Público e da Ação Popular que desencadeou a sentença judicial, o ex-secretário municipal de Transportes, Ricardo Vieira Ferreira, afirmou que as nomeações vêm ocorrendo desde o início do governo de Quaquá e que somando os salários de todos os funcionários nomeados e suas respectivas gratificações, o custo ultrapassa os R$ 300 mil mensais.

Para o ex-secretário, as nomeações são ilegais por não terem sido divulgadas em diário oficial. “Todos os nomeadas nunca tiveram seus nomes publicados em nenhum órgão, o que torna todas as nomeações ilegais. Ele só publicou agora, por conta da determinação da Justiça, exigindo a listagem. E ele (Quaquá), para não se prejudicar mais, publicou as nomeações numa edição extra do diário oficial. São R$ 300 mil por mês com essa corja que ninguém sabe o que faz, onde atua”, disse Ricardo.

De acordo com o ex-subsecretário municipal de Meio Ambiente, Tiago Rangel, ele vai entregar à promotora Renata Scarpa, da Vara de Tutela coletiva de Niterói, uma listagem com nomes de todas as pessoas que foram contratadas e que sequer são vistas trabalhando na Prefeitura.

“Queremos que o Ministério Público peça a devolução do dinheiro que foi pago como gratificação para essas pessoas. Tem famílias inteiras, crimes de nepotismo de pessoas ligadas à base aliada, num prejuízo que beira a casa dos R$ 10 milhões”, afirmou Tiago.

Em nota, a Prefeitura de Maricá informou que seguiu a determinação do MP-RJ e que o órgão também solicitou a lista com as gratificações desde 2005.

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