11/11/2012 às 12h03min - Atualizada em 11/11/2012 às 12h03min

Rademar de Sá - A força do pensamento

Lembro que, na infância, quando ouvia alguém falar que conseguira algo através da força do pensamento, eu sentia forte energia vinda desta pessoa; esta sensação varou minha juventude. Passei a perceber que não era frase apenas produzida pela religiosidade presente em nosso povo; então isto se tornou, em mim, uma verdade absoluta. Acreditava, mas não sabia explicar. Somente acreditava, e pronto!

Sem que me apercebesse ou me programasse, fui, paulatinamente, me aprofundando na busca empírica de uma resposta a esta minha indagação: li alguns livros que tratavam de temas correlatos, participei de alguns cursos, seminários e palestras.

As idas e vindas profissionais; as mudanças de rumo, provocadas por insatisfação com o monótono; a busca incessante pelo desconhecido – tudo isto reunido fez-me chegar a algumas conclusões, acerca deste tema.

A primeira – por ser muito óbvia – é a de mais difícil explicação, por ser a pedra basilar deste conjunto eterno de indagações: pensamento gera ação, mesmo que você não perceba o movimento que ele promoveu. Entendi também que, para que a ação gerada pelo pensamento seja percebida, é preciso que a intensidade deste pensamento seja elevada e frequente. Esta interseção de quantidade e frequência pode ser traduzida por ‘querer muito’.

É fundamental que se entenda que, mesmo não querendo ou querendo pouco, emitimos ondas de pensamentos que, de alguma maneira, vão agir no mundo real, transformando coisas e pessoas ao nosso redor.

Diariamente, desperdiçamos ondas de pensamentos sem qualquer propósito; ou pior: com mau propósito – quando julgamos as atitudes de um chefe, de um colega de trabalho, de um parente, de amigo; quando nos irritamos no trânsito; quando nos pegamos com pensamentos menos nobres em relação à vida. Enfim, trabalhamos mal o nosso querer muito.

Para a australiana Rhonda Byrne, autora do livro (e também DVD) de autoajuda O Segredo, cuja venda já superou a casa de oito milhões exemplares, em todo o mundo, “qualquer um desses desejos está incrivelmente ao alcance das mãos ou, para ser mais preciso, da mente. O único instrumento necessário para agarrá-lo seria o pensamento positivo. Mais nada”.

Ela explica que o segredo da vida seria a Lei da Atração, em que o universo inteiro (incluindo os seres humanos) seria formado por energia e, consequentemente, tudo e todos estariam conectados diretamente por canais energéticos. Haveria tipos de energia negativas e positivas. Nossos pensamentos seriam como ímãs e possuiriam uma frequência específica. Desta forma, quando uma pessoa pensa, emite uma onda magnética para o universo; e atrai as energias que estão na mesma frequência. Se o pensamento for positivo, deve atrair coisas boas. Se for negativo, atrairá coisas ruins.

Esta é a teoria que mais me convenceu, durante estes anos de busca. A partir deste alicerce – e com base em experiências pessoais em que utilizei o poder do pensamento –, percebo que posso arriscar em algo mais radical: procurar provar a existência deste fenômeno em nossas vidas.

Embora não queira definir como um caso-tipo, vou exemplificar esta tese com o relato de minha transformação, que espero não ser enfadonho.

Eu vivia tentando realizar. Achava que queria aquela oportunidade. Alcançava. Desperdiçava. Isto ocorreu diversas vezes, rigorosamente igual a estas frases, isoladas por pontos. Na minha vida não havia vírgula ou ponto-e-vírgula: eram situações estanques.

Sentindo-me cansado, cheguei a pensar em desistir; ou, quem sabe, me conformar em não ir além (“se a maioria da população vive, de certa forma, conformada em ter pouco, por que comigo deve diferente?”). Mas a reação a este pensamento veio avassaladora: senti que não deveria nuvear tantas buscas, lutas, tantos estudos. E mais: negar a resposta que devo àquele Rademar menino.

Reagi. E busquei decifrar o segredo: repetia, em minha mente, a palavra ‘tentar’. Na tela da minha vida, todo o filme passava novamente, sem uma sequência lógica, claro, mas o sonho, a tentativa, o início da vitória e o fim – tudo isto ficou registrado no universo, através destes meus pensamentos.
Foi aí que decidi parar de tentar e realizar.

Há tempos, desejava me tornar palestrante, escritor, motivador de pessoas. Mas quando eu pensava na minha história, logo vinha a sensação de desânimo: como eu iria fazer com que as pessoas acreditassem que sonhar é possível, se minha história era malpontuada? Esta mudança só seria positiva se ombreasse pensamento e ação – tinha que ser algo que deixasse marcado o início da trajetória de mudanças que eu quero para a minha vida. Conhecimentos básicos já possuía, tempo de estrada também; faltava-me apenas liame, a argamassa que deixasse sólida esta nova ordem da minha vida.

Decidi mudar radicalmente o processo: faria as especializações necessárias; começaria com a formação em coaching. Mas como fazer o curso? Com que recursos?  Fixei a ideia de que eu precisava fazer o curso: não passavam dez minutos sem eu lembrar que aquela era a minha meta. Findos alguns meses, consegui viabilizar recursos financeiros para a totalidade do curso. Esta garantia de pagamento era fundamental, pois eu não podia quebrar esta estrutura rígida a que me propus realizar. Portanto, não era aceitável lançar-me em um voo no escuro.

Finalmente, estava começando a realizar o meu sonho; mas ainda faltava algo, que eu sempre soube o que era: parar de fumar. Como eu poderia afirmar (a todos, inclusive para mim) que era possível mudar, que bastava querer, que as respostas estavam dentro de nós, que era só acreditar e querer muito… E sair correndo para fumar escondido? “Ah!, tenho um amigão que conseguiu da mesma forma…”. Claro que este artigo pode suscitar frases deste tipo. Esta vitória não é privilégio meu, isoladamente. É tão-somente o resultado bem-sucedido de experiências de mesmo calibre, que Rhonda Byrne define como Lei da Atração.

Alguns conseguem êxito logo de primeira. Não foi meu caso. Já havia tentado parar de fumar, usando diversos métodos: de chiclete a adesivo de nicotina – e o que mais me fosse apresentado.

Para mim, foi uma espécie de catalisador de um sistema de explosão em série: este é o quarto artigo que escrevo sobre este tema; vou ministrar minha primeira palestra neste mês de dezembro; e comecei a escrever o meu tão sonhado livro, que espero concluir em meados de 2013. Espero, não: quero. Quero muito!

Caro leitor, certa vez perguntaram a um próspero empresário, se ele havia ficado rico por ler palavras numas simples folhas de papel, no que ele de pronto respondeu:” Não foram as palavras, foi eu ter acreditado nelas...”

Meu fraterno abraço.
Rademar de Sá é Coach Profissional, Palestrante e Escritor
http://rademardesa.blogspot.com.br/p/contrate-um-coach.html

Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp