Marcas de pneu no local dão conta que os ladrões saíram do local antes de nossa chegada
Da Redação | Thalita Costa - Em uma matéria investigava o Lei Seca Maricá conseguiu com exclusividade imagens de um local na Restinga de Maricá onde estão retirando ilegalmente vários caminhões de areia trazendo prejuízos para uma área de proteção ambiental (APA).
Nossa equipe visualizou que a atividade começa antes que o sol apareça, quando os primeiros cavadores chegam à lavra clandestina, próximo a estrada que corta a Restinga. Boa parte vive a poucos metros dali, no bairro de São José do Imbassaí. Os cavadores, alguns aparentam ser adolescentes. No meio deles existem crianças e o trabalho é feito manualmente, sem a ajuda de retro escavadeiras para encher os caminhões.
Um morador que prefere não se identificar comentou que pelo menos 50 mil m³ de areia já foram retirados da área, fazendo a ressalva de que o volume pode ser maior, pois é difícil precisar a altura original das dunas. Como o metro cúbico do mineral é vendido, em média, a R$ 10, significa que mais de R$ 500 mil em areia já foram levados.
A areia que está sendo roubada na Restinga é a chamada “Areola” que é usada nas construções para embolsar. A Areia é mais escura e também é usada em canteiros de plantas.
Enquanto a extração não é interrompida, o que sobra é o lamento de um empresário que vive há 10 anos perto da localidade e acompanhou a devastação de perto. “Eram dunas enormes e virou uma cratera”, diz ele, pedindo anonimato. “Alguém tem que parar com isso. Não é possível que ninguém consiga parar com isso”, completa.
Veja o vídeo abaixo realizado no local:
Esta pratica configura crime ambiental, previsto no artigo 21 da lei 7.805/89 que regula o regime de permissão de lavra garimpeira: “A realização de trabalhos de extração de substâncias minerais, sem a competente permissão, concessão ou licença, constitui crime.
