Nesta terça-feira (24) aconteceu em Inoã, a audiência pública do Comperj onde foi apresentado o estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Relatório de Impacto ao Meio Ambiente (RIMA) do licenciamento do emissário terrestre e submarino que irá despejar no mar os efluentes químicos tratados no Comperj. A tubulação a ser implantada descartará os resíduos em Itaipuaçu, após atravessar áreas em Itaboraí e Maricá.
A audiência começou por volta 19 horas, onde cerca de 500 pessoas ouviram atentamente o planejamento montado pela estatal realizado em uma apresentação de slides com palestrantes que explicavam os procedimentos que seriam adotados para a passagem da tubulação por Maricá.
Os principais questionamentos abordados pelos moradores foram a ausência do Ministério Público na audiência e possíveis mudanças no projeto. Algumas falhas abordadas por grupos ambientais e moradores foram expostas e em certo momento a mesa composta pelos profissionais do COMPERJ pediu desculpas categoricamente corroborando para a total invalidação do EIA/RIMA, assim como do projeto.
Moradores da Rua 60 em Itaipuaçu, que estavam na audiência e que serão diretamente atingidos por onde os canos irão passar comentaram que não foram informados sobre a desapropriação de algumas casas e que os técnicos ficam diariamente nas ruas, mas não falam nada do que vai acontecer. Já a Petrobras informou que a 1ª fase da desapropriação já terminou, que era entrar em contato com todos os moradores. Quem não foi contatado, significa que não precisará deixar as suas casas.
Manifestantes colocaram faixas para impedir a passagem dos canos em Maricá Fotos: Fernando Fernandes / Lei Seca Maricá
