07/12/2011 às 13h31min - Atualizada em 07/12/2011 às 13h31min

Traficante 'Marcos Cocadinha' de Maricá envolvido no esquema de lavagem de dinheiro do complexo do Alemão

Complexo do Alemão
Foto: Divulgação / Internet
Três pessoas já foram presas pela Polícia Civil, na manhã desta quarta-feira (7), durante a operação Conta Encerrada. Os agentes cumprem mandados de busca e apreensão com o objetivo de desarticular um esquema de lavagem de dinheiro de uma das quadrilhas do tráfico de drogas do Complexo do Alemão, comanda por Marcelo da Silva Soares, o Macarrão, que durante a fuga da comunidade, em novembro do ano passado, acabou deixando para trás a prótese de uma de suas pernas. Em agosto deste ano, Macarrão foi preso com outros quatro traficantes nas instalações da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), na Zona Norte do Rio.

De acordo com a polícia, as investigações começaram após policiais apreenderem comprovantes bancários e anotações do tráfico em Maricá, município cuja venda de drogas era controlada por Marcos Aurélio da Silva Soares, o Cocadinha, irmão de Macarrão. As investigações apontaram que moradores do Complexo faziam depósitos fracionados e sucessivos, com valores não compatíveis com suas rendas, em contas correntes de empresas fantasmas de Belo Horizonte, em Minas Gerais, que seriam do ramo mercantil. Em dez meses, foram movimentados cerca de R$ 80 milhões em aproximadamente 20 contas correntes.

Nesta manhã, estão sendo cumpridos 24 mandados de busca e apreensão no Complexo do Alemão, Olaria, Anchieta e Cordovil. Em Minas Gerais, a polícia cumpre quatro mandados de prisão, entre eles um contra Macarrão, que já está preso, e outro contra o irmão dele. Os outros procurados são os responsáveis financeiros das empresas.

A 2ª Vara Criminal de Maricá decretou o sequestro dos saldos e também bloqueou R$ 5 milhões e as contas correntes que faziam parte do esquema de lavagem de dinheiro. As investigações foram realizadas pelo Núcleo de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (NUCC-LD), em parceria com a Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), e com apoio da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core).

A operação Conta Encerrada é uma continuidade da operação Scriptus, que no dia 1º deste mês prendeu 16 pessoas acusadas de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro articulado pelo traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, que está preso há dez anos em penitenciárias federais de segurança máxima. O Núcleo de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro, da Polícia Civil, identificou cinco empresas usadas para lavar os lucros obtidos por Beira-Mar com a venda de drogas e armas. Juntas, as firmas — com sedes em Foz do Iguaçu (PR), Belo Horizonte (MG) e Campo Grande (MS) — movimentaram R$ 62 milhões em 2010. Com informações do Jornal O Globo.

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