05/12/2011 às 05h08min - Atualizada em 05/12/2011 às 05h08min

Guarda Municipal sem condições de trabalho em Maricá

Viatura da Guarda Municipal de Maricá
Foto: Arquivo / Lei Seca Maricá
A guarda municipal vem passando dificuldades em Maricá. Os guardas estão com uma base improvisada dentro de um banheiro no anfiteatro do centro da cidade e reclamam das péssimas condições de trabalho. 

O antigo DPO que iria se transformar em uma base operacional da guarda está em obras desde o início de outubro e até hoje não foi concluída. Sem DPO eles estão em um local sem as devidas condições que fica dentro de um banheiro com infiltração, onde os GMS homens e mulheres se trocam no mesmo ambiente. A atual base é improvisada, há vidros quebrados e as paredes estão cobertas de mofo e quando chove entra água.

Conversamos com um guarda que preferiu não se identificar que falou sobre diversos assuntos referentes à guarda municipal da cidade. 

Lei Seca Maricá – É verdade que a lei nº 174 está sendo descumprida?
GM: A cada aumento do salário mínimo nós temos que sofrer um reajuste no vencimento e isso não está sendo obedecido. A prefeitura diz que é inconstitucional, mas está em vigor sendo qe quem apenas pode afirmar isto é um juiz. Com isso nosso salário esta ficando defasado. Os 10% de abono que o antigo governo dava foi retirado. O prefeito pagou o 1º mês e no 2º ele tirou e até hoje nós não recebemos.

Lei Seca Maricá – O governo Ricardo Queiroz concedeu para a guarda municipal um adicional de 10% e o governo Washington Quaquá retirou este abono. É verdade?
GM: O governo anterior entendeu que a guarda exerce um serviço de relevância e como forma de completar e dar uma qualidade de vida melhor para o guarda concedeu um abono de 10% que na época era um valor de R$50 (cinquenta reais) e a atual governo em reunião no colégio Joana reuniu a tropa e disse que retiraria esse abono e iria dar um complemento. Só que para a nossa surpresa no mês seguinte o governo realmente aumentou e pagou R$ 70 (setenta reais) e no outro mês retiraram sem justificativa alguma e até hoje nenhuma solução foi tomada. Acho que esse abono deveria ser pago pelo governo, pois em todo o evento da cidade a guarda se faz presente apesar de não ter condições de trabalho, de não ter fardamento, de ter que comprar coturno. A guarda prontamente atende os anseios da sociedade e temos que ser mais valorizados pelo nosso trabalho.

Lei Seca Maricá – O posto da Guarda no Caxito está sem nenhuma segurança? Os guardas tem que tirar serviço dentro do carro?
GM: O prefeito comprou as maquinas novas e pediu que fosse criado um posto na usina de asfalto só que além de ser longe, é inseguro. Não tem instalação para o guarda dormir, o guarda tem que tirar o serviço dentro do carro. Fica tenso porque é um local sem segurança alguma, o guarda não trabalha armado, ou seja, está colocando o guarda lá como figuração. Se tiverem de roubar as maquinas, irão roubar. A comunicação é difícil e tem que ter credito no celular pra ligar se acontecer alguma coisa.

Lei Seca Maricá – A guarda municipal hoje trabalha desarmada. Você concorda?
GM: Realizamos a segurança pública desarmados. No estatuto do desarmamento vocês podem ver que por Maricá ter uma grande quantidade de habitantes a guarda municipal já pode ser armada, mas eles (prefeitura) dizem que nos somos despreparados. Lógico que somos, mas a cidade está ficando perigosa e devemos ter um curso de capacitação. Nós que trabalhamos na rua estamos vendo que os bandidos estão migrando pra cá. Queremos que o prefeito ou o secretário de segurança peguem o estatuto do desarmamento para usar das prerrogativas legais e armar a guarda municipal para somar com a Polícia Militar.

Lei Seca Maricá – Agradecemos a sua entrevista e deixe uma mensagem para o atual governo.
GM: Nós é que agradecemos pelo espaço democrático que vocês nos proporcionaram e dizer que a guarda municipal é o cartão de visita da Maricá. Quando o turista entra na cidade, quer alguma informação a primeira pessoa que ele procura é a guarda municipal, então a guarda deveria ter mais investimentos. A guarda presta um serviço de relevância importante e gostaríamos que o governo olhasse mais para a instituição guarda municipal. Investir em reaparelhamento, equipamento e reciclagem. 
O armamento para a guarda é fundamental por questões de segurança pública, pois os bandidos estão perdendo espaço no Rio por questão das UPP’s e estão migrando para Maricá por ser a primeira cidade da região e para dar maior segurança ao próprio guarda.

O Lei Seca Maricá com exclusividade entrou na base improvisada da guarda municipal de Maricá. Veja o vídeo abaixo e confira o péssimo estado do local:


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