26/08/2017 às 08h25min - Atualizada em 26/08/2017 às 08h25min

Em Maricá, teatro ajuda a educar para o comportamento adequado no trânsito

Com o espetáculo “Se essa rua fosse minha”, as secretarias de Cultura e Educação de Maricá uniram e levaram cerca de 150 alunos da Escola Municipal Barra de Zacarias com idades entre 4 e 11 anos a refletir, na última quinta-feira (24/08), sobre o comportamento adequado no trânsito. A apresentação faz parte do projeto “Maricá em Cena” e está incluída no “Programa Municipal de Escolas de Tempo Integral” (Prometi) com o objetivo de levar cultura e entretenimento para os alunos das escolas municipais de tempo integral. A atividade se insere na campanha de educação no trânsito “Basta de Acidentes”, lançada pela Prefeitura é que já trouxe resultados visíveis. Segundo a diretora Lucília Sampaio, a apresentação na escola permite que os estudantes tenham acesso à arte. “Muitos alunos da nossa escola não têm acesso a teatro. O fato de a peça vir à escola proporciona com que todos tenham esse acesso”, disse. Professora do 2º ano e mãe do pequeno Davi (3), aluno da unidade, Fernanda Costta Santos completou: “Eu mostro ao Davi onde ele tem que atravessar, o que significa cada cor do sinal e o espetáculo acaba reforçando isso. Mas há crianças aqui que nem recebem essa orientação dos pais. Então, com a peça, vão ficar mais atentos. Isso é muito importante”. Para o ator Jorlan Oliveira (35 anos), participar de um espetáculo de educação no trânsito tem um gostinho mais que especial. Cadeirante, sofreu um acidente há um ano e quatro meses. “Eu fui fechado por um carro e para não ser jogado para cima desviei, mas acabei batendo em um caminhão. Tive uma listese (deslizamento de vertebra) que não é definitiva, mas é uma luta diária para conseguir fazer as coisas. Então, para mim é um prazer poder conscientizar os pequenininhos e ver se eles crescem com uma consciência melhor do trânsito, que é muito perigoso”, contou. A atriz Natalia Figueira ressaltou o acesso à cultura. “Prezamos muito pela cultura e queremos incluir as crianças desde pequenas nessa vida de cultura, de teatro. E como é uma peça educativa, se torna muito mais importante”, disse. “O ser humano só tem noção dos perigos e das coisas que pode fazer para se prevenir dos acidentes quando se sente naquela situação. Eles participaram muito bem, ficaram quietinhos, falaram no momento que tinham que falar. Todas as turmas muito educadas. E eu acho que eles entenderam realmente o significado da peça”, opinou a colega de elenco, Luiza Melo. “Eu aprendi que sempre tenho que olhar para um lado e para o outro antes de atravessar a rua, que tenho que esperar a guarda autorizar a gente a atravessar e que a placa “E” diz que pode parar o carro naquele lugar”, relatou Barbara Nunes, de 7 anos. Já Carlos Daniel (7 anos) descreveu outro ponto que chamou a sua atenção. “Aprendi que sempre que eu estiver com o papai e a mamãe, se eles não olharem para os dois lados eu tenho que ensiná-los a olhar e que quando tem 80 km é que o carro tem que andar nessa velocidade”, disse. Ana Beatriz Moraes, de 10 anos destacou a questão do celular “Aprendi que quando eu for atravessar a rua, não posso mexer no celular. Nem minha mãe e meu irmão que também fazem isso. Agora não vou mais fazer porque sei que pode provocar acidentes”, adiantou. Yasmim Vitória, de 10 anos, mostrou que a peça funcionou: “Aprendi que se a gente não olhar para os dois lados, pode vir um carro e você ser atropelado e se machucar muito feio”, finalizou.
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