08/11/2011 às 20h48min - Atualizada em 08/11/2011 às 20h48min

Maricá estará presente no protesto contra divisão dos royalties

Políticos do estado do Rio de Janeiro preparam uma manifestação popular contra as novas regras para distribuição dos royalties do petróleo. O ato público está previsto para a próxima quinta-feira (10), no Centro da Rio. O encontro será às 15h, na Candelária, de onde os manifestantes sairão em passeata até a Cinelândia.

Políticos de Maricá através de suas juventudes estão convocando a população para participar do ato. Ônibus foram alugados e a concentração será ás 13 horas na praça Orlando de Barros Pimentel, centro da cidade.

Nesta segunda-feira (7), o governador Sérgio Cabral se reuniu com prefeitos do interior, deputados e o presidente do Tribunal de Justiça do Rio, desembargador Manoel Alberto Rebêlo, para acertar detalhes da manifestação.

Os royalties são tributos pagos pelas empresas aos estados de onde o petróleo é extraído, como o Rio de Janeiro e o Espírito Santo. A nova proposta já aprovada pelo Senado prevê a diminuição do repasse aos estados produtores e um aumento para os que não produzem o óleo.

O governador Sérgio Cabral afirma que esse é um momento de somar recursos para o estado, não diminuir, sob pena de prejudicar investimentos necessários: “O que nós queremos é mostrar ao governo federal e ao Congresso Nacional. Nós não queremos invadir os direitos de ninguém, mas não queremos que invadam o nosso direito”, disse o governador.

Na quinta-feira, dia do protesto, as repartições públicas estaduais e municipais terão ponto facultativo. A Supervia, concessionária responsável pelo serviço de trens no Rio, e barcas vão distribuir passagens gratuitas das 13h às 15h. O metrô não vai cobrar a passagem até as 22h de quinta-feira.

Nova divisão
As regras dependem de aprovação da presidente Dilma, e ainda serão analisadas por uma comissão na Câmara dos Deputados. Se passarem a valer de fato, a arrecadação do Rio com os royalties cairia de 26% para 20%. Já o repasse da participação especial, paga pelos campos com alta produtividade, seria reduzido pela metade: de 40% para 20%.
A mudança afetaria contratos já assinados. Os royalties seriam transferidos de campos de petróleo já licitados, o que, segundo os estados produtores, é inconstitucional.

Aprovação
No dia 19 de outubro, o Senado aprovou o texto-base do projeto que redefine a divisão dos recursos provenientes da exploração do petróleo. Na época, o governador Sérgio Cabral considerou uma “aberração“ a decisão. “O Congresso não pode violar um ato jurídico perfeito”, disse o governador, que espera que a Câmara reveja a aprovação.

O projeto é de autoria do senador Wellington Dias (PT-PI) e estima para 2012 uma arrecadação com petróleo de R$ 28 bilhões, incluindo royalties e participação especial. A proposta foi apresentada como alternativa para a chamada emenda Ibsen, que prevê distribuição mais igualitária dos recursos entre os estados produtores e não produtores. Os estados produtores rejeitam a emenda porque não querem perder recursos.


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