07/04/2018 às 16h21min - Atualizada em 07/04/2018 às 16h21min

Com base nova, Empresa Pública de Transportes tenta melhorar atuação em Maricá


Um ano após a Empresa Pública de Transportes (EPT) assumir a operação das linhas que eram de responsabilidade da Viação Costa Leste (proibida de circular em 13/04/17 por descumprimento contratual) a população de Maricá (RJ) ainda conta com o transporte público gratuito da cidade. Os usuários ainda reivindicam melhorias, mas garantem que a mobilidade urbana; a frota nova, a qualidade e a limpeza dos veículos; os trajetos; o cumprimento de horários e o fato do serviço ser “tarifa zero” fazem dos Vermelhinhos uma modalidade de transporte essencial principalmente para os moradores de baixa renda. No último fim de semana, a autarquia também deu mais um passo em direção à melhoria, com a entrada em operação da nova base de apoio do Caxito, onde toda a frota passou a ficar guardada. Além de amplo, o local tem também as facilidades necessárias à realização das manutenções periódicas, outra prioridade para a Prefeitura. 

“No próximo dia 14 completaremos um ano do retorno do Vermelhinho e nesta segunda (02/04) batemos a casa de três milhões de passagens registradas ao longo desse período, o que por si só, já é motivo para comemorar”, afirma o presidente da EPT, André Azeredo. O número representa uma economia para a população de R$ 8,1 milhões no ano, considerando o valor da tarifa municipal de R$ 2,70. “Atualmente a frota possui 38 carros, sendo que três estão em fase de licitação para começarem a circular. Hoje o nosso efetivo conta com 84 motoristas”, enumerou. Sobre os horários das linhas, André Azeredo garantiu que os Vermelhinhos circulam pela cidade das 04h20 até 00h30, com alguns horários especiais devido a particularidades de algumas regiões. Segundo o presidente da EPT, estratégias estão sendo pensadas e em breve serão colocadas em prática com o objetivo de melhorar os horários das linhas e diminuir os atrasos. "Em dias úteis são 19 carros circulando pelo município, mas esse número deve aumentar para 21 com a inauguração de mais duas linhas que são Centro/Circular e Centro/Itapeba”, adiantou. “Também estamos construindo uma garagem aqui mesmo no Caxito que será utilizada para guardar os carros, realizar manutenção e limpeza. Essa garagem terá uma estrutura, um espaço maior, para que os carros estejam protegidos, bem estacionados e recebam todos os cuidados necessários de segurança e manutenção”, garantiu André Azeredo. Vale lembrar que devido às suas dimensões geográficas (Maricá tem 362 km2), as linhas costumam ter itinerários que demandam mais tempo para serem percorridos.

Usuários dos Vermelhinhos aprovaram o conforto, a segurança e a acessibilidade dos carros que circulam no município. Outra característica elogiada pela população foi em relação à conservação da frota. A estudante Bruna da Silva Moreira, de 17 anos, contou que vai para a escola todos os dias de Vermelhinho e desde que a linha Centro/Bambuí voltou a circular nunca mais chegou atrasada nas aulas. “Quando o ônibus era da empresa antiga vivia quebrando no caminho, inclusive perdi aulas por conta dos atrasos. Minha opção era pegar van, mas o custo ficava alto. Algumas vezes fui barrada na escola porque o portão já estava fechado e quase perdi o ano. A partir do retorno dos Vermelhinhos isso nunca mais aconteceu”, relatou Bruna. “O Vermelhinho é muito bom não só para mim, mas também porque ajuda a pessoas que de fato passam por necessidades, pessoas que não estão empregadas, por exemplo”, avaliou. “O fato de nós vermos o ônibus sempre cheio só comprova que muita gente precisa desse transporte”, constatou. “Sobre a linha Bambuí, não tenho o que reclamar a respeito do horário, inclusive os motoristas são sempre educados. minha única sugestão seria apenas aumentar o número de carros para tentar evitar que ficassem tão cheios”, sugeriu a estudante.

A auxiliar de limpeza Maria Pereira, de 53 anos, moradora de Cordeirinho, contou que se não fosse o programa de Tarifa Zero não teria condições de arcar com as passagens diariamente. “Minha única insatisfação é em relação aos horários de saída dos carros, mas ainda assim é muito melhor do que na época da Costa Leste”, comparou Maria. “O ideal seria ter mais carros disponíveis, o que é bom ficaria ótimo”, completou. “Utilizo o Vermelhinho tanto para vir trabalhar como para voltar para casa, pois a firma em que  trabalho não me dá passagem e se não fosse o ônibus de graça eu não teria como vir trabalhar”, ressaltou a auxiliar de limpeza.

O motorista Valtermar Pereira, de 70 anos, morador de Cordeirinho, contou que utiliza o vermelhinho (Centro/Ponta Negra) diariamente e mais de uma vez por dia. “O Vermelhinho é o meu principal meio de transporte atualmente. Se eu pudesse sugerir melhorias seria apenas em relação ao cumprimento mais rigoroso dos horários de saída aqui do terminal no Centro e também em relação a sinalização aqui na rodoviária, pois já aconteceu de eu ficar em uma fila e o ônibus estacionar em outra plataforma”, relatou. “Referente aos carros eu os considero ótimos. São carros novos, seguros e desde que os vermelhinhos voltaram a circular eu nunca mais tive problemas com carros quebrados durante a viagem”, frisou Valtermar. 


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