17/05/2011 às 17h09min - Atualizada em 17/05/2011 às 17h09min
Criança que ficou tetraplégica após ser ferida com espeto de churrasco em Maricá está consciente
Menino será submetido a novos exames para avaliar o quadro de tetraplegia
O menino ferido com um espeto de churrassco há cerca de uma semana, em Maricá, na região metropolitana do Rio de Janeiro, permanece internado no CTI (Centro de Tratamento Intensivo) do hospital Estadual Azevedo Lima, em Niterói, região metropolitana do Rio. De acordo com a Secretaria de Saúde do Estado, ele ainda apresenta sinais de tetraplegia, não tem previsão de alta, mas respira sozinho, está lúcido e conversando.
A assessoria da secretaria informou também que o menino, de nove anos, fará novos exames para que os médicos possam dar outro diagnóstico sobre o quadro de tetraplegia.
Na ocasião, a criança foi ferida no pescoço. O objeto atingiu a coluna vertebral. A mãe do menino, tratada pela polícia como principal suspeita, contou ter arremessado o espeto para que o filho guardasse, quando ocorreu o acidente.
- É claro que foi sem querer. Nenhuma mãe que goste dos filhos, como eu gosto dos meus, faria isso de propósito.
Na época, o delegado Roberto Gomes Nunes, titular da Delegacia de Maricá (82ª DP), disse que a mãe pode ser indiciada por tentativa de homicídio.
Na semana passada, em entrevista o delegado disse que precisará conversar com uma série de parentes e pessoas próximas à família para chegar a uma conclusão.
Além disso, o delegado lembrou que os depoimentos à polícia serão somados aos colhidos pelo conselho tutelar.
- Nós (polícia) vamos falar com as pessoas e procurar saber como era o relacionamento, buscar o histórico do menino em casa e no colégio. O conselho tutelar irá avaliar por uma ótica mais psicológica. Como se trata de uma criança, que não pode ser comparada a um adulto, temos de unir os dois lados para concluir algo.
A reportagem tentou durante toda a tarde e início da noite desta segunda-feira (16) entrar em contato com o delegado. Contudo, segundo informações da delegacia, ele estava tratando de outro caso e não poderia atender às ligações.
