Pagano teve a prisão preventiva expedida pela 2ª Vara Criminal de Maricá.
Aborto - De acordo com o delegado da 82ª DP, Marcelo Maia, o aborto foi autorizado com base no artigo II da Lei n° 2.848, de 07 de Dezembro de 1940, do Código Penal: “Se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu responsável legal”. Com a anuência da Justiça, a diarista será encaminhada a um hospital público para fazer o procedimento cirúrgico. “A decisão foi tomada após o reconhecimento da vítima, o exame de gravidez e o registro de ocorrência”, ressaltou o delegado.
Violentada no lixão
A diarista reconheceu seu algoz após ver a foto dele publicada no O SÃO GONÇALO e resolveu procurar o delegado Marcelo Maia para relatar o drama. A vítima contou ter sido abordada pelo acusado quando retornava do trabalho. Segundo a diarista, Walter estava de carro e teria lhe oferecido uma carona. Próximo à casa dela, o acusado acelerou o carro. A seguir, ela foi levada para um lixão, onde foi agredida e estuprada.
Drama - Quando descobriu que estava grávida, em janeiro, a diarista ficou transtornada. Em depoimento, contou ter cometido loucuras para perder o bebê: como se jogar na frente de um carro e até pular de uma árvore.
“Demorei a procurar ajuda por medo. Não quero essa criança, mas quero tirá-la por meios legais. Esse cara acabou com a minha vida. Só vou ficar aliviada quando não tiver mais nenhum vestígio dele no meu corpo”, disse na ocasião.
Investigado por tráfico de drogas
De acordo com a polícia, Walter Pagano é investigado por uma suposta ligação com o tráfico de drogas. Ele é apontado como um dos principais fornecedores de cocaína para comunidades de Maricá. De acordo com as investigações, ele se apresentava como funcionário do Tribunal de Justiça para justificar a vida de luxo que ostentava no bairro Caxito, em Maricá, onde era proprietário de uma mansão com chalés, piscina, sauna seca e moderna sala de jogos com ar condicionado. O delegado Marcelo Maia acredita que ele receba apoio de mais quatro pessoas, que já estão sendo identificadas. Caso comprovada a ligação dele com o tráfico, Walter será indiciado por lavagem de dinheiro e poderá ter o patrimônio confiscado pela Justiça.
O São Gonçalo