05/02/2019 às 10h17min - Atualizada em 05/02/2019 às 10h27min

Governador Wilson Witzel anuncia pedágio na RJ-106


O governador do Rio de Janeiro, Wilson José Witzel (PSC), resolveu bater o martelo: decidiu levar adiante um programa de concessão à iniciativa privada para tornar pedagiada a RJ-106, Linha Vermelha, a Via Light e outas 10 rodovias e vias expressas, incluindo a RJ-127 e as futuras Transbaixada (que ligará a Via Light à Rio-Petrópolis) e RJ-244 (de Campos até São João da Barra, onde fica o Porto do Açu). As informações foram divulgadas pelo Jornal Extra. Segundo o Governo do Estado, a ideia nasceu no último ano da administração passada, que chegou a habilitar seis consultorias para fazer modelagens do processo. O assunto é tratado como prioridade pelo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Lucas Tristão. Ele diz que espera receber os estudos das consultorias no fim de abril. "- Essas rodovias estão divididas em grupos, e pretendemos licitá-los até o fim do ano. A ordem, questões de prioridade e demais fases do processo dependerão dos estudos técnicos", comentou. O secretário adianta que “o modelo de concessões pressupõe cobrança de pedágio". "Esse é o mecanismo necessário para provisão e manutenção das estradas. Mas a questão está diretamente relacionada aos estudos técnicos, temos de esperar", falou. Presidente da Aeerj, Luiz Fernando Santos Reis diz que vai procurar o secretário de Desenvolvimento Econômico. Quer saber se o novo governo vai manter as propostas da administração anterior em relação à concessão, para decidir se conclui os estudos técnicos. Outras três consultorias estão habilitadas a fazer modelagens para os mesmos dois lotes (Sul e Noroeste Fluminense). "- O projeto original prevê recuperação de pavimento, melhoria da sinalização, corte de mato, instalação de pontos de ônibus. Não estavam incluídos viadutos, duplicações e serviços de ambulância e telefonia. Assim, é possível baratear o preço do pedágio e viabilizar a concessão", argumenta Luiz Fernando. A ocupação urbana do entorno, segundo Luiz Fernando, é um forte empecilho para que vias metropolitanas e a RJ-106 (Amaral Peixoto) atraiam empresas que operam estradas. O presidente da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), César Borges, no entanto, afirma que o interesse vai depender da modelagem. "- O setor privado está ávido por participar. Não há rodovia inviável. A gente tem que esperar o poder concedente fazer o dever de casa, que é elaborar um bom projeto, e apresentar sua proposta", contou. Borges frisa que, quanto mais exigências, maior o valor do pedágio. "- O setor privado vê a concessão como um negócio, não como uma benesse. Tudo depende do tamanho do investimento", falou.
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