Quem apostar que a rica Maricá terá vida fácil para receber água de Rio Bonito — com a ajuda de uma barragem a ser erguida no caminho para Tanguá — pode morrer a seco. O prefeito de Rio Bonito, José Luiz Alves Antunes, o Mandiocão, (PP) avisa que, antes de iniciar qualquer projeto pela sua cidade, a Cedae terá que cumprir os termos do convênio assinado em 2012. Lá estavam previstas, entre outras melhorias, a ampliação da rede de distribuição de água para o distrito de Boa Esperança. A informação é da jornalista Berenice Seara, do Jornal Extra.Segundo a jornalista, em reunião com o presidente da concessionária, Hélio Cabral, na semana passada, o prefeito disse que sua cidade não é um “berço” das águas — mas uma “maternidade” inteira.O presidente da Câmara de Rio Bonito, Humberto Belgues (PSL), faz coro e diz que Maricá não vai levar água, que vale ouro, a troco de banana — até porque não estão claras as compensações ambientais.Os dois disseram que a prima rica dirigida pelo PT recebe um caminhão de royalties — recentemente, mais de R$ 260 milhões só de participação especial.Na reunião, não havia qualquer representantes de Maricá.ÁGUA PARA MARICÁ No fim de outubro o prefeito de Maricá, Fabiano Horta, assinou convênio com o Governo do Estado e com a Cedae para investimento no valor de R$ 260 milhões no sistema de abastecimento de água Tanguá/Maricá com a construção de uma barragem, localizada entre a divisa dos municípios de Tanguá e Rio Bonito. Trata-se do primeiro modelo no estado de uma Parceria Público- Público. Além disso, pelo convênio a Prefeitura de Maricá também vai assumir o serviço de tratamento de esgoto na cidade.O sistema vai funcionar com adutoras a partir do reservatório. A previsão do coordenador da obra é de que a água desça pelas tubulações subterrâneas e terão 23km de extensão por gravidade até Maricá. Na cidade praiana os moradores vão contar com uma parte da água que será direcionada para a Estação de Tratamento de Água (ETA), já existente no Flamengo, que tem capacidade de operação de 120 litros por segundo. Outra parte será destinada para uma nova ETA, ainda sem local definido a ser construída, com capacidade de tratar 400 litros por segundo.
