A União Maricaense de Estudantes emitiu uma nota se manifestando sobre o sucateamento da educação pelo Governo do Estado, que ocasionará em um número de 20 mil estudantes fora das escolas no ano letivo de 2019.Segundo a nota, o atual Secretário de Educação do Estado, Pedro Fernandes, é conivente com a situação.“- Infelizmente essa é uma realidade, não tem sala de aula disponível para essas crianças e, por isso, a gente está fazendo todos os esforços para que a gente possa construir escolas, porque infelizmente não foi feito nas gestões anteriores”, disse um trecho da nota.Ainda de acordo com a nota, os alunos não podem ser penalizadas por questões políticas.“- A comunidade escolar não pode ser penalizada pela sucessão de erros que envolvem a gestão anterior e muito provavelmente perdurarão pela atual gestão.A UMES é uma entidade que passou a protagonizar a luta por uma educação pública de qualidade e por uma sociedade mais justa e igualitária. Nossas ações possibilitaram experiências e conquistas pedagógicas ainda nunca vistas em nossa cidade. Passamos a atuar e estabelecer diálogos efetivos não apenas com estudantes, mas com gestores, professores e toda a comunidade escolar. Nossas bandeiras de luta avançaram e passamos cada vez mais a fomentar e participar de projetos que estimulem a cultura, arte, a defesa dos Direitos Humanos, esporte e lazer”, enfatizou outro trecho da nota.A Umes salientou que esteve estiveram reunidos com o Governo do Estado e falaram sobre a crise na educação Estadual.“- No ano de 2018 estivemos reunidos com o então Secretário de Educação do Estado do Rio de Janeiro Wagner Victer e posteriormente com o também então Governador do Estado Luiz Fernando Pezão para assinar o termo de compromisso visando a melhoria estrutural das escolas estaduais na cidade de Maricá, a fim de que, nossos jovens e estudantes pudessem ter uma real educação de qualidade. É evidente a crise que o Estado vem passando nos últimos anos. Não apenas na área da educação, mas também da saúde, da segurança e nas questões sociais. Compreendemos que o estabelecimento da educação pública, de qualidade, gratuita, laica, democrática, socialmente referenciada e isenta de quaisquer formas de discriminação, é importante instrumento de viabilização do direito de cidadania. Entendemos que o estabelecimento da educação como direito de cidadania só se dará por completo por meio de amplo investimento direto na educação pública”, comentaram em trecho da nota.A UMES finalizou emitindo uma nota de repúdio.“ - A UNIÃO MARICAENSE DOS ESTUDANTES – UMES, repudia toda e qualquer forma de cerceamento do direito à educação dos nossos jovens. Nosso posicionamento de apoio é extensivo aos alunos, pais e responsáveis. Nenhum estudante pode ficar sem escola e a UMES lutará para garantir esse direito, o direito à educação. O movimento estudantil mais uma vez em defesa de uma educação de qualidade. Desta forma, a UMES aguarda o posicionamento da SEEDUC acerca da sua responsabilidade pelos fatos e uma real solução para esses jovens que se encontram sem estudar e suas famílias. Sendo assim, destacamos que a falta de posicionamento ocasionará um possível ato de paralisação geral nas escolas de Maricá, finalizaram a nota.