“Já entrei com representação no MPF. Eles não podem vir com um rolo compressor de cima para baixo querendo instalar algo que pode prejudicar a todos”, reclamou Maria da Conceição Marques Porto e Santos, representante da ONG, argumentando que moradores de Itaipuaçu não foram consultados. Para Conceição, o estudo apresentado ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea), não levou em conta os impactos sobre a comunidade.
“Os dutos vão passar pela Serra de Inoã, que faz mata contínua com a Serra da Tiririca. É temerário uma empreitada dessa. Não vamos permitir”, avisou.
Segundo o cronograma de construção do Comperj, o início da construção do emissário está previsto para maio.
Em nota, a Petrobras informou que a passagem do emissário por Maricá foi apontado pelo Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) como a melhor alternativa do ponto de vista ambiental, superando as opções de São Gonçalo e Niterói.
A estatal ressaltou que antes do encaminhamento dos efluentes para o emissário, toda eles serão tratados em uma estação de tratamento de efluentes (ETE), mas não informou o quanto de resíduo ainda será depositado diretamente no mar. A empresa informou ainda que cumpriu toda a legislação sobre o tema.
Renato Onofre - O Fluminense