27/01/2011 às 13h00min - Atualizada em 27/01/2011 às 13h00min

Moradores de Maricá não querem o emissário

Ambientalistas e população de Maricá pediram ao Ministério Público Federal (MPF) a suspensão da construção do emissário submarino do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro

Ambientalistas e moradores de Maricá pediram ao Ministério Público Federal (MPF) a suspensão da construção do emissário submarino do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj). Eles pedem a revisão dos laudos e realização de audiência pública no município. Representantes da ONG Movimento Pró Restinga alertam para o risco de poluição em áreas de preservação ambiental.

“Já entrei com representação no MPF. Eles não podem vir com um rolo compressor de cima para baixo querendo instalar algo que pode prejudicar a todos”, reclamou Maria da Conceição Marques Porto e Santos, representante da ONG, argumentando que moradores de Itaipuaçu não foram consultados. Para Conceição, o estudo apresentado ao Instituto Estadual do Ambiente (Inea), não levou em conta os impactos sobre a comunidade.

“Os dutos vão passar pela Serra de Inoã, que faz mata contínua com a Serra da Tiririca. É temerário uma empreitada dessa. Não vamos permitir”, avisou.

Segundo o cronograma de construção do Comperj, o início da construção do emissário está previsto para maio.

Em nota, a Petrobras informou que a passagem do emissário por Maricá foi apontado pelo Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA) como a melhor alternativa do ponto de vista ambiental, superando as opções de São Gonçalo e Niterói.

A estatal ressaltou que antes do encaminhamento dos efluentes para o emissário, toda eles serão tratados em uma estação de tratamento de efluentes (ETE), mas não informou o quanto de resíduo ainda será depositado diretamente no mar. A empresa informou ainda que cumpriu toda a legislação sobre o tema.

Renato Onofre - O Fluminense


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