Essa conclusão faz parte de um levantamento da ONG Trânsparência Brasil, que baseou seus dados na renda per capita do cidadão fluminense.
Na bancada federal, segundo a ONG, os números não são muito diferentes. Um deputado federal acumula imóveis, carros e aplicações financeiras em torno de R$ 500 mil.
Os candidatos de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí e Maricá que concorrem a uma vaga em Brasília tem valor médio dos bens declaros ao TSE em torno de R$ 637 mil. Para o que desejam entrar na Alerj, o valor é de R$ 405 mil.
Com base nas informações prestadas pelos candidatos à Justiça Eleitoral nas últimas eleições (2006, 2008 e 2010), é possível constatar que eles tiveram um aumento médio no seu patrimônio de 277%, número surpreendente se comparado ao crescimento do principal mercado de ações da América Latina, a Bolsa de Valores de São Paulo e da Bolsa de Mercadorias & Futuros (Bovespa), que no mesmo período cresceu 54%. Já entre os estaduais o crescimento foi de 88 %.
Os campeões regionais na “multiplicação do pão” são dois candidatos que tentam a reeleição este ano: o deputado federal Alexandre Santos (PMDB) e deputado estadual Marcio Panisset (PDT).
Alexandre Santos viu seu patrimônio pular de quase R$ 56 mil para R$ 743 mil. Em 2006, o peemdebista tinha apenas em seu nome ações da Telenorte Leste S/A, dois celulares, a participação numa imobiliária e cerca de R$ 10 mil em duas contas no Banco do Brasil e a empresa Thalis, que coleta lixo em Maricá atualmente no lugar da Delta, que foi embora no fim de junho. De lá para cá, registrou oito lotes em Maricá e Itaboraí, um terreno de 2,4 mil metros quadrados na Barra da Tijuca, uma casa em São Francisco e uma cobertura em Charitas, dois dos bairros mais nobres de Niterói.
Márcio Panisset (PDT), este ano, está 609% mais rico que em 2006. Na última campanha, o deputado declarou possuir um apartamento em Nova Friburgo, uma casa em Casimiro de Abreu e outra em São Gonçalo. Hoje, tem oito imóveis declarados entre o R$ 1,1 milhão em bens informados ao TSE. Nos últimos anos ele foi secretário de Saúde de São Gonçalo, com um salário mensal inferior a R$ 5 mil.
Através de sua assessoria, o deputado estadual Márcio Panisset afirmou que não vai se manifestar sobre o assunto. O deputado federal Alexandre Santos não retornou as ligações da reportagem.
fonte: O Fluminense