13/02/2013 às 08h20min - Atualizada em 13/02/2013 às 08h20min

Lei Seca rigorosa resulta em redução no número de mortes em rodovias

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No primeiro carnaval com a Lei Seca mais rigorosa, o número de mortes nas rodovias federais brasileiras caiu 25,4%. De acordo com balanço da Polícia Rodoviária Federal (PRF), 97 pessoas morreram nas estradas entre sexta-feira e domingo. No ano passado, neste mesmo período, foram 130 mortos. Na Via Lagos, principal acesso à Região dos Lagos.

De acordo com a CCR Via Lagos, entre quinta-feira e segunda-feira, 190 mil veículos passaram pela rodovia. Foram realizados 432 atendimentos pela concessionária, a maioria por pane mecânica. Foram registrados nove acidentes. Três vítimas se feriram levemente.

Em todo o País, a PRF prendeu 338 motoristas por dirigirem bêbados. O cerco aos condutores que bebem e assumem o volante resultou em 1.055 autuações até domingo, incluindo casos em que houve prisão ou apenas sanções administrativas. No Carnaval inteiro do ano passado, houve 1.410 autuações. Deste número, 494 resultaram na prisão dos condutores.

Lei Seca – Criada para conscientizar a população de que álcool e direção não combinam, a Operação Lei Seca (OLS) ganhou fôlego extra durante o carnaval. Munidos de bafômetros descartáveis, bolas infláveis, adesivos e ventarolas, agentes da Secretaria de Governo, alguns deles fantasiados de homem-balão, realizaram uma série de ações educativas nos blocos de rua e nos desfiles das escolas de samba da Marquês de Sapucaí. “Não basta fiscalizar, é preciso explicar os efeitos maléficos da mistura de álcool e direção para que haja mudanças efetivas e um número cada vez menor de mortes e acidentes”, disse o coordenador da Operação Lei Seca, major Marco Andrade.

Este ano, como parte da campanha de prevenção de acidentes lançada pelo Governo do Estado em 2009, os foliões puderam soprar bafômetros descartáveis para medir a alcoolemia - a taxa de álcool no sangue. A iniciativa, sem caráter punitivo, tem como objetivo despertar a atenção das pessoas enquanto ainda fazem uso da bebida, evitando que possam vir a dirigir depois.“É uma ação muito interessante. Ao realizar o teste, a pessoa vê que realmente não tem condição de dirigir, se pegar o carro, que o álcool afeta o seu organismo e, por consequência, a sua capacidade psicomotora. Dá tempo de se organizar, de deixar o veículo ou pedir que outra pessoa seja o condutor”, afirmou Marco Andrade.

Ao todo, 20 mil bafômetros descartáveis foram usados neste carnaval pela equipe Operação Lei Seca, que contou com 33 cadeirantes, vítimas de acidentes de trânsito provocados pela mistura de álcool e direção. Eles conversaram com os foliões sobre como é possível se divertir sem colocar em risco a própria vida e a de outros.

Para chamar a atenção dos moradores e turistas no Rio, a Operação Lei Seca também iluminou, com oito boias-blimps, a Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos cartões-postais da cidade. As boias, com cinco metros de diâmetro, são feitas de lona plástica e têm o slogan da operação.

Outra ação também intensificada neste Carnaval foi o uso de bolas infláveis com o logotipo da OLS. Os balões foram jogados em meio aos blocos e foram passando de mão em mão na multidão.

Além das campanhas educativas, a fiscalização da Operação Lei Seca foi intensificada. As blitzes são realizadas em áreas próximas aos blocos, ao Sambódromo e nas principais vias públicas, contando com 250 agentes, distribuídos em 14 equipes, entre funcionários da Secretaria de Governo, da Polícia Militar e do Detran. Ao todo, a OLS realiza nos dias de Carnaval 100 ações, sendo 36 de educação e 64 de fiscalização, na Capital e Região Metropolitana e interior.

Para o major Marco Andrade, a expectativa é de que, com as mudanças na Lei Seca, que já estão em vigor, haja maior conscientização da população. “O que esperamos é que a sociedade se adapte e que, ao final do Carnaval, possamos ter um número menor de acidentes e vítimas”, ressaltou.

O Fluminense


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