01/03/2013 às 09h39min - Atualizada em 01/03/2013 às 09h39min

Greve de ônibus é o presente dos cariocas no aniversário do Rio

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Passageiros aguardam em ponto de ônibus (Foto: Renata Soares/ G1)

Passageiros aguardam em ponto de ônibus (Foto: Renata Soares/ G1)

Passageiros aguardam em ponto de ônibus (Foto: Renata Soares/ G1)[/caption]

Com a greve dos funcionários de ônibus, os cariocas enfrentam um dia caótico na manhã desta sexta-feira (1º) aniversário de 448 anos da cidade. Para quem tenta ir ao trabalho, a espera por uma condução chega até uma hora. O ponto de ônibus em frente à garagem da Viação Real, na Avenida Brasil, na altura de Manguinhos, no Subúrbio do Rio, estava lotado por volta das 6h20.

Greve - O sindicato dos rodoviários do Rio de Janeiro decidiu entrar em greve a partir da meia-noite desta sexta-feira. Segundo o presidente do Sindicato Municipal dos Trabalhadores Empregados em Empresas de Transporte Urbano de Passageiros do Município do Rio de Janeiro (Sintraturb-Rio), José Carlos Sacramento, a paralisação continuará até o meio-dia apenas no município do Rio de Janeiro, quando o sindicato realizará uma nova reunião.

De acordo com Sebastião José da Silva, vice-presidente do Sintraturb-Rio e presidente da Nova Central de Trabalhadores, a paralisação será de, no máximo, 24 horas.

Já a diretora do Sindicato dos Rodoviários Ângela Maria Lourenço diz que a greve, por enquanto, é por tempo indeterminado. "Estamos aqui lutando pelos nossos direitos. Nosso piso salarial e benefícios são baixos. Recebemos R$ 100 de cesta básica e ainda descontam R$ 20.

Não sabemos ainda até quando será a greve, vai depender da avaliação e também das medidas que serão tomadas", disse Ângela, que garantiu também que em todas as 47 garagens de ônibus da cidade há um representante do sindicato: "A greve está sendo pacífica. Não estamos forçando ninguém a fazer nada. Muito pelo contrário, a greve está acontecendo a pedido dos próprios rodoviários", completou.

Às 7h desta sexta-feira, poucos ônibus passavam pela Avenida Brasil, na altura de Manguinhos. O movimento maior era de táxis e também de vans.

Rio Ônibus - A Rio Ônibus informou, por meio de nota, "que, em face do dissídio coletivo anual da categoria no Rio, estará procedendo reajuste salarial de 8% para toda a categoria, sendo que para os motoristas de micro e micro-master o reajuste será de 40%, além de criar uma nova categoria de motoristas para ônibus articulados com salário 20% acima dos motoristas em geral". "O reajuste já constará da folha de pagamento a partir da sexta-feira, 1º março. Também terão reajuste na cesta básica de 20% em relação ao valor atual", disse.

"Considerando que, embora não tenha havido reajuste tarifário, o setor de transporte por ônibus, em respeito à categoria dos rodoviários e à população em geral, realiza estes reajustes para evitar greves ou paralisações que afetem a vida da cidade e apela à categoria que trabalhem normalmente para manter a rotina das atividades no Rio de Janeiro", informou, em nota.

Aumento salarial - Os rodoviários pleiteiam um aumento salarial de 15%, o fim da dupla função, na qual o funcionário atua como motorista e cobrador, além de benefícios como vale-alimentação, cesta básica e plano de saúde. O sindicato informou que pelo menos 20% dos ônibus vão circular nas ruas e que manobristas das empresas também podem atuar como motoristas nesta sexta-feira.

“Está difícil de garantir que pelo menos 20% dos ônibus vão estar nas ruas. Motoristas e cobradores estão revoltados. Não aceitamos o reajuste de 8% proposto pelo sindicato patronal”, disse Sebastião.

G1 Rio


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