17/03/2013 às 09h38min - Atualizada em 17/03/2013 às 09h38min

Primata invasor é retirado do Parque Estadual da Serra da Tiririca

Projeto de remoção de mico-leão-da-cara-dourada acontece nesta segunda-feira (18).

O secretário do Ambiente, Carlos Minc, e um grupo de especialistas fazem, nesta segunda-feira (18/3), balanço sobre o projeto de remoção de exemplares de mico-leão-da-cara-dourada – que é uma espécie invasora – de áreas de florestas em Niterói, Maricá e São Gonçalo.

Espécie invasora prejudicial à sobrevivência do mico-leão-dourado, o mico-leão-da-cara-dourada foi observado pela primeira vez em 2002 no Parque Estadual da Serra da Tiririca, administrado pelo Inea (Instituto Estadual do Ambiente) e em regiões adjacentes.

Como espécie invasora, ele compete com o mico-leão-dourado, que é nativo da região, consumindo recursos, introduzindo doenças e, através do acasalamento, dando origem a uma população de híbridos, o que pode levar à descaracterização total das duas espécies.

A remoção dessa espécie invasora foi a principal recomendação dos órgãos governamentais e não governamentais envolvidos na conservação desses primatas, por meio do Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Mamíferos da Mata Atlântica Central, coordenado pelo Centro Nacional de Pesquisa e Conservação dos Primatas Brasileiros (CPB) do ICMBio.

Realizado pelo Instituto Pri-matas, com apoio do Inea e do Instituto Chico Mendes para a Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o projeto visa transportar os animais para uma área de floresta de distribuição original da espécie no Sul da Bahia.

Após a captura, os animais passam por uma quarentena e fazem exames de saúde no Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ) do Inea, com sede em Guapimirim. Os exames são feitos em parceria com vários laboratórios sob a coordenação do Laboratório de Patologia Comparada de Animais Selvagens da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP.

Os micos considerados saudáveis são transportados para a Bahia, recebendo rádio-colares para monitoramento na nova área. O projeto é financiado pela Fundação Grupo Boticário, da RBO Energia (através da Câmera de Compensação Ambiental da Secretaria Estadual do Ambiente), do Tropical Forest Conservation Act-TFCA/FUNBIO, do Lion Tamarin of Brazil Funds e da Margot Marsh Biodiversity Foundation/Conservation International.


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