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Motorista ficou ferida e encaminhada para o Hospital de Maricá ( Foto :: Romário Barros | Lei Seca Maricá) |
Da Redação | Romário Barros – O uso correto da cadeirinha salvou um bebê nesta quinta-feira (18) em um acidente na RJ 106 (Rodovia Amaral Peixoto), altura do km 12, na descida da Serra do Calaboca, em Inoã.
O acidente aconteceu por volta das 15h30. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, a advogada Luciene Predes da Rocha Oliveira, 35 anos, seguia na pista sentido Maricá com sua filha de um ano e sua sogra no interior do veículo quando após o radar de 60km/h na descida da Serra do Calaboca, a motorista perdeu o controle e capotou violentamente.
Policiais do Batalhão de choque passavam pelo local poucos minutos após o acidente e acionaram o Corpo de Bombeiros.
Os Bombeiros do Destacamento de Maricá chegaram rapidamente no local do acidente, realizaram os primeiros, onde Luciene e a sogra foram encaminhadas para o Hospital Municipal Conde Modesto Leal. O veículo ficou completamente destruído.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, o bebê, protegida pela cadeira, saiu totalmente ileso da capotagem.
O trânsito ficou em meia pista por causa do acidente e provocou lentidão de 1km no sentido Maricá. CBMERJ|Maricá: Sub.Ten. França, Sub.Ten.Gilmar, Sgt Lacy, Sgt Felix, Sgt Santos, Sgt Fonseca e Cb G. Lamblet.
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Carro capotou e ficou completamente destruído e trânsito ficou lento no sentido Maricá ( Fotos :: Romário Barros | Lei Seca Maricá) |
Cadeirinha no carro salva uma criança por semana no país
O número de crianças de até 8 anos mortas em acidente de trânsito caiu 23% no primeiro ano de vigência da lei da cadeirinha no país. Estudo feito pelo Ministério da Saúde e pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), com base no registro de óbitos, mostra que, entre setembro de 2010 e agosto de 2011, 227 menores de 8 anos morreram em acidentes de carro. Entre setembro de 2009 e agosto de 2010, foram 296 – ou seja, uma morte de criança a menos por semana. É a primeira vez, nos últimos seis anos, que esse número de mortes diminui. "A relação entre a lei e a queda dos indicadores é evidente", avaliou nesta terça-feira o ministro da Saúde, Alexandre Padilha. Para ele, a lei ajudou a reverter uma tendência de aumento de óbitos nessa faixa etária, identificada entre 2005 e 2010. Nesse período, o número de mortes saltou de 238 para 296.
"O crescimento era registrado ano a ano, algo que foi invertido depois da lei da cadeirinha", disse Padilha. O ministro argumenta que, além de a cadeirinha oferecer mais segurança para as crianças, o debate em torno da nova lei e o aumento da fiscalização levaram motoristas a adotar uma postura mais cuidadosa.
O Ministério da Saúde deve continuar monitorando o número de mortes entre crianças no trânsito. Pesquisa semelhante já é feita com números deste ano. "A tendência é de haver uma acomodação dos indicadores, daí a necessidade de não se afrouxar a fiscalização", completa.
Descumprir a lei da cadeirinha, em vigor desde 2010, é considerado infração gravíssima. A multa é de 191,54 reais, o motorista perde sete pontos na carteira e tem o veículo retido.
Legislação — A Lei da Cadeirinha, como é conhecida a Resolução nº 277, de 28 de maio de 2008, do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), obriga o uso o uso de dispositivos de retenção para o transporte de crianças menores do que 10 anos em veículos. Até 12 meses, o bebê deve ser transportado em um bebê-conforto; de um a quatro anos, em cadeirinhas; entre quatro e sete anos e meio, é indicado que as crianças sejam transportadas em um assento elevatório; e, a partir dos dez anos, elas devem usar cintos de segurança.