19/04/2013 às 09h42min - Atualizada em 19/04/2013 às 09h42min

Contador desaparecido estava na Bahia e ''só queria espairecer'', diz

André Luiz Leiria prestou depoimento na DH de Niterói e delegado diz que investigará se homem está sendo alvo de extorsão. 'Sumiço' mobilizou familiares e repercutiu na cidade.

"Eu só queria espairecer”. Com essas palavras que o contador André Luiz Leiria de Carvalho, 27 anos, justificou seu desaparecimento desde a última terça-feira, quando voltou para casa, na Ponta da Areia, na madrugada desta sexta-feira. Em depoimento na Delegacia de Homicídios de Niterói-São Gonçalo (DHNSG), que investigava o sumiço dele, o jovem contou que no dia deixou o local de trabalho nas proximidades da Praça do Rink e seguiu de moto para o Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio.

Após deixar a moto e o aparelho celular no estacionamento, resolveu seguir de ônibus para a Rodoviária Novo Rio e embarcou em um ônibus para São Paulo (capital) e em seguida para a Bahia (Salvador). Ainda de acordo com André Luiz , ele só voltou ao Rio após ver a repercussão do caso nas redes sociais.

“Estava estressado com trabalho e outras coisas. Quando eu cheguei à Bahia e entrei na internet, vi a mobilização de todos e então voltei. Fiquei muito preocupado com a reação da minha mãe, já que ela poderia passar mal. Aí peguei o avião de volta e fui pra casa”, declarou.

O titular da DHNSG, Wellington Vieira, porém, afirmou que continuará investigando o caso, uma vez que não descarta a possibilidade do contador estar sendo vítima de algum tipo de extorsão, o que, segundo ele, também pode justificar o desaparecimento do rapaz. “Não estou afirmando, mas como delegado vou continuar investigando o caso, já que ele sumiu de forma inesperada e sem avisar a ninguém. Além do mais, está um pouco confuso todo esse trajeto que ele fez, uma vez que ele afirmou não conhecer ninguém em São Paulo ou na Bahia”, declarou o delegado.

Perguntado sobre o motivo de ter ido a São Paulo e depois à Bahia, André disse que as localidades foram escolhidas aleatoriamente ao chegar à rodoviária. A moto de André - uma Honda CB 300 - foi levada do aeroporto para a sua casa por um parente.

Mobilização – A mobilização para encontrar André começou na última terça-feira, quando ele não foi visto mais após sair do trabalho, em um escritório de contabilidade da família. Acostumado a dizer para onde ia, familiares anunciaram o desaparecimento dele nas redes. Preocupado, o irmão mais velho, Daniel Leiria, registrou boletim de ocorrência na 76ª DP (Centro) na quarta-feira às 15h, porém, o caso foi repassado à DH por procedimento regimentar após 48 horas do sumiço.

Na quinta-feira, homens da DHNSG e da Coordenadoria de Recursos Especiais (Core) realizaram operação no Morro do Estado, no Centro, e na Favela do Sabão, em São Lourenço, atrás de pistas que pudessem levar ao contador. No Morro do Estado, os policiais foram checar denúncia de que a moto do contador estaria circulando com um criminoso no local. Já no Sabão, foram apurar a informação de que moradores da favela teriam encontrado um corpo que seria do contador, mas nada foi achado nas comunidades.

A polícia ainda tratava o caso como desaparecimento, mas não descartava a possibilidade de latrocínio (roubo seguido de morte). Segundo o delegado, as operações nas favelas geraram um custo para o estado. “Só de gasto com pessoal no dia da ação, foi cerca de R$ 2 mil”.

O FLUMINENSE


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