04/08/2021 às 08h06min - Atualizada em 04/08/2021 às 12h07min

Estacas-prancha danificadas pela ressaca serão restauradas em Cordeirinho

Foto: Marcos Fabrício

LSM - A Prefeitura de Maricá, através da Autarquia de Serviços de Obras, irá realizar a restauração das estacas-prancha danificadas pela ressaca do que atingiu todo o município durante esta semana. As contenções foram instaladas para tentar conter o avanço do mar para a rua durante as ressacas que atingem o litoral maricaense.

O trecho atingido e danificado foi entre as Ruas 64 e 66, em Cordeirinho. Algumas peças foram retiradas numa extensão de 150 metros, de um total de 712 metros. O restante permanece intacto. Cada placa metálica tem 12 metros de comprimento e o material vem sendo utilizado desde 2019 na revitalização da orla de Itaipuaçu, onde ajudou a acabar com um histórico de danos causados por ressacas.

Técnicos da Somar estiveram no ponto atingido pela força da ressaca nesta terça-feira, 3, onde avaliaram que o prejuízo poderia ter sido ainda maior sem a presença das estacas-prancha.

O diretor operacional de obras indiretas da Somar, Gustavo Camacho, explicou que o dano nas placas ocorreu porque a obra ainda está em andamento no local. O processo de implantação das estacas é feito em dois estágios. No caso do local afetado, o estaqueamento ainda estava no primeiro estágio e, por isso, as peças estavam visíveis acima da areia. A previsão é a de que os reparos sejam iniciados tão logo o mar esteja novamente em seu nível normal, o que está previsto para ocorrer entre o fim desta semana e o início da próxima.

“É preciso que a faixa de areia seja restaurada, para possibilitar o posicionamento do maquinário que vai retirar as placas. Só então poderemos recuperar cada uma das peças danificadas”, projetou Camacho, ressaltando que, desta forma, fica protelada a conclusão da intervenção. “Não tínhamos um prazo estipulado para finalizar, até porque se trata de uma obra costeira sempre sujeita a fatores como o tempo e as condições do mar, sobre os quais não temos controle. A natureza é quem vai ditar o ritmo de trabalho”, afirmou. “O dano que tivemos ficou na casa de 3% do total de estacas instaladas nesse local, dada a ressaca que foi muito mais forte do que nós esperávamos. Vamos também avaliar uma forma de instalação onde seus efeitos sejam ainda mais minimizados”, disse o diretor.

Ao todo, a Prefeitura adquiriu 4 mil toneladas de estacas (ou 4,3 milhões de quilos) – cujo preço é calculado não pela unidade, mas pelo peso total do montante. Cada quilo das placas metálicas custou pouco mais de R$ 13. A peça individual pesa, segundo os técnicos, 475 quilos. Além de Itaipuaçu e Cordeirinho, as estacas-prancha foram instaladas também às margens do canal de Bambuí, sendo uma técnica consagrada de controle e estabilidade de taludes costeiros. Já foram implantados 4.900 metros de estacas (mais de 8.100 peças), cada uma com 60 cm de largura. O material usado nas estacas, o aço naval, tem uma aparência de ferrugem, mas isso é uma característica física, sendo a camada externa uma proteção ao ataque da corrosão.

Fonte: PMM


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