04/06/2013 às 12h16min - Atualizada em 04/06/2013 às 12h16min

Confira a sinopse do enredo da Acadêmicos do Grande Rio

Escola vai exaltar o município de Maricá na Marquês de Sapucaí.

Os compositores da Acadêmicos do Grande Rio conheceram na noite desta segunda-feira a sinopse do enredo sobre os 200 anos do município de Maricá.

Em encontro na quadra, em Duque de Caxias, o carnavalesco Fábio Ricardo deu detalhes do tema e conversou com os interessados em disputar o samba-enredo. O título do enredo é "Verdes olhos sobre o mar, no caminho: Maricá".

Confira a Sinopse

A estação que inspira é o verão...

Nas primeiras horas de uma manhã de sol, ela desperta depois do que havia programado. O corpo ainda se sente envolvido pelo ócio da noite anterior.

Apressadamente, aproxima-se da janela e vislumbra as primeiras nuances luminosas do despertar de um novo dia. O brilho invade o ambiente outrora escuro pela noite e a claridade reflete na retina de seus olhos verdes. É a vida dando ao destino nova chance de refazer o fim da história. Quem sabe, nova fase, cantada em outro tom.

O sol aquece seu corpo na varanda da casa. Ela se dirige ao piano e algumas notas ecoam. No bloco de folha branca inicia o seguinte rascunho:

"Verdes olhos sobre o mar, a brisa a me levar nas asas do tempo! Doce é este lugar, onde o chão guarda suas memórias. E a fé multiplica-se nas águas! No firmamento a benção de teu "amparo". Nos livros, páginas passadas que falam de sua história..."

O vento soprou mais forte e fez com que os cabelos se tornassem empecilho para os olhos. O som do piano cessou, o pensamento foi longe, e ela reacendeu a inspiração dos versos:

"Confesso que nem tudo vi! Quando sua beleza fascinou o inglês pela manhã, tudo era verde e eu não estava lá! Do seio de fertilidade da mata, do zum-zum-zum dos seres que lhe encantaram. Da visão noturna do que há pouco era dia, herdei as noites "negras".Tornei-me dona das estrelas que emolduravam o céu que foi dele..."

Ainda é manhã e sobre o mar o "barquinho" risca o horizonte. Ela cessa novamente o som do piano e instaura um demorado silêncio. Seus olhos verdes, são mais verdes quando fitam o mar. O canto do sabiá rompe a ausência do som. Ela retoma os versos:

"Ai quem me dera ver tudo. Lançar-me no passado. Correr em tuas plantações verdes, provar de tua laranja mais doce. Faze-la outra vez cidade que já foi terra de muitos. Que Darwin passou, que o trem prosperou. Hoje meu verso é em tua homenagem, é canção para um samba que em mim é sempre carnaval..."

O vento continuou soprando em seus ouvidos a inspiração para compor:

"A praia o terno convite: O sol, as ondas, o banho de mar e o surfista solitário que corta as ondas como quem borda no Espraiado; No Barquinho corro o mundo, volto e olho: não consigo me acostumar. Não ando só na imensidão. Daqui ou de qualquer lugar, só fui feliz em Maricá."

As linhas estavam no papel encontrado entre a casa e o mar. Como assinatura lia-se um "M" maiúsculo, seguido de um "A" emendado em um "Y" um "S" e encerrado com um "A". No fim da folha encontrada, lia-se: MAYSA.

Texto: Leandro Vieira e Roberto Vilaronga - Carnavalesco: Fábio Ricardo


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