01/02/2022 às 10h40min - Atualizada em 01/02/2022 às 09h01min

Mancha escura aparece nas areias das praias de Maricá e assusta moradores e banhistas

Ana Farias - leisecamarica.com.br

Um material escuro está sendo visto desde à tarde desta segunda-feira, 31, nas  praias da Barra de Maricá, Guaratiba, Cordeirinho e Ponta Negra. Essa substância de cor preta tem tomado parte do trecho de areia dessas praias.

Já em Itaipuaçu, é possível ver trechos da areia sujo, mas a maior parte das algas ainda encontram-se no mar. 

Nos relatos, as pessoas teriam apontado para possíveis vestígios de óleo despejado na faixa de areia.

Nossa equipe do LSM entrou em contato com a Secretaria de Cidade Sustentável que informou que o material foi coletado pela empresa responsável pelo monitoramento de praias e após análise e contato com a Petrobrás afirmou que a mancha trata-se de algas relevante da Maré Vermelha, que se proliferaram com as chuvas que têm caído na cidade.

Maré Vermelha

A maré vermelha é um fenômeno natural que provoca manchas de coloração escura na água do mar. As manchas são causadas pelo crescimento excessivo de algas microscópicas presentes no plâncton marinho, num processo chamado de floração.

Dependendo da espécie de alga, a mancha pode adquirir coloração vermelha, marrom, laranja, roxa ou amarela. Uma vez que a água nem sempre fica vermelha, o termo "maré vermelha" vem sendo substituído por "floração de algas nocivas" ou simplesmente "FAN".

Causas da maré vermelha

Na maioria das vezes, a maré vermelha é causada pela floração de pequenas algas chamadas de dinoflagelados. Em alguns casos, outros organismos microscópicos, como as diatomáceas e as cianobactérias, podem estar presentes.

Os dinoflagelados são organismos unicelulares agrupados numa divisão das algas chamada de Pyrrhophyta. Em grego, Pyrrhophyta significa planta cor de fogo. O nome está relacionado à presença de pigmentos de coloração avermelhada no interior das células dessas microalgas.

Os dinoflagelados são, em sua maioria, fotossintetizantes, embora existam algumas poucas espécies heterótrofas, que se alimentam de matéria orgânica em decomposição ou são parasitas de outros organismos.

Os seres humanos que ingerem essas algas ou animais contaminados podem sofrer com alterações gastrointestinais, irritações nas mucosas e pele, problemas circulatórios e respiratórios. Mas, nada que leve a morte. 


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