17/06/2013 às 23h55min - Atualizada em 17/06/2013 às 23h55min

Ato no Centro do RJ reúne 100 mil em paz, mas minoria provoca confusão

Cerca de 100 mil pessoas no Centro do Rio. No final, um pequeno grupo causou uma grande confusão e o Edifício Menezes Cortês foi fechado por conta de um grande confusão. Maricaenses tiveram dificuldades na volta para casa.

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Foto Panorâmica do Centro do RJ. (Foto :: Reprodução | Facebook)

Foto Panorâmica do Centro do RJ. (Foto :: Reprodução | Facebook)

Foto Panorâmica do Centro do RJ. (Foto :: Reprodução | Facebook)[/caption]

REPORTAGEM :: ROMÁRIO BARROS - O Centro do Rio de Janeiro nesta segunda-feira (17) foi palco de uma das maiores manifestações já vistas na história do Brasil.

Cerca de 100 mil pessoas protestavam reivindicando o aumento das passagens, o combate à corrupção  e até os gastos com a Copa do Mundo ganharam as vozes dos manifestantes e estavam estampados nos cartazes que carregavam durante uma onda de protestos turbinada pelas redes sociais e que há décadas não era vista no país.

"Estamos aqui por causa da insatisfação com a corrupção e o mau uso do dinheiro público. Isso é uma revolta que devia ter acontecido há muito tempo", disse um manifestante que se identificou apenas como Gustavo, de 34 anos, que estava enrolado em uma bandeira do Brasil.

"Isso é só o começo. Os protestos vão continuar até a Copa e, se não aceitarem nossas demandas, eles vão se intensificar", disse o bancário Rafael, de 23 anos, que também não quis dizer seu sobrenome. "O preço da passagem foi a gota que fez o copo transbordar."

A gigantesca onda de manifestações em todo o país fez com que a presidente Dilma Rousseff se manifestasse por meio da ministra-chefe da Secretaria de Comunicação, Helena Chagas.

Confusão no final - Um rastro de destruição foi deixado pelos manifestantes que seguiram para o Palácio Tiradentes, sede da Assembleia Legislativa do Estado (Alerj) e ruas próximas à Rua Primeiro de Março.

Na Rua da Assembleia, pelo menos cinco agências bancárias foram totalmente destruídas. Os atos de vandalismo não ficaram apenas na destruição dos vidros das fachadas dos prédios. Um grupo pichou as paredes com palavras de ordem, arrancou mesas e cadeiras, destruiu os caixas eletrônicos e ainda colocou parte do mobiliário no meio da rua.

Várias lojas comerciais foram arrombadas, um carro estacionado na Rua da Assembleia foi completamente destruído, pichado e teve as portas amassadas. Vários bares e restaurantes foram obrigados a fechar as portas rapidamente, com medo de depredações.

Algumas barricadas de material plástico colocadas pela PM em frente às escadarias da Assembleia Legislativa foram arrastadas pela multidão até a esquina da Rua da Assembleia, que fica cerca de 100 metros de distância, e muitas delas foram incendiadas. Muitas lixeiras foram arrancadas e sacos plásticos com lixo deixados pelos comerciantes para recolhimento pela limpeza urbana foram colocados na rua, onde os manifestantes atearam fogo. Um rolo de fumaça negra podia ser visto de longe.

A situação continuou tensa com os manifestantes permanecendo ainda em frente ao Palácio Tiradentes. O Batalhão de Choque da Polícia Militar foi acionado e os manifestantes dispersaram. A tropa é especializada em acabar com distúrbios.

Volta para casa - Quem mora em Maricá e saia do trabalho sofreu para chegar em casa. O Edifício Garagem Menezes Cortes foi fechado e a falta de informações deixou muitos maricaenses sem saber o que fazer. Houve até o boato que os ônibus haviam parado de circular.

Às 20 horas chegou a informação que Com a interdição da Rua 1º de Março os ônibus para Maricá e Itaipuaçu estavam saindo da Av. Pres. Antonio Carlos,em frente ao Ministério do Trabalho.

Colaborou Agência Brasil / TERRA

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adir Assembleia Legislativa; carro foi incendiado ao lado do local - Marcos de Paula/Estadão Marcos de Paula/Estadão

adir Assembleia Legislativa; carro foi incendiado ao lado do local - Marcos de Paula/Estadão Marcos de Paula/Estadão

adir Assembleia Legislativa; carro foi incendiado ao lado do local - Marcos de Paula/Estadão Marcos de Paula/Estadão[/caption]
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