04/07/2013 às 11h20min - Atualizada em 04/07/2013 às 11h20min

Creches de Maricá são referência para estudo do Ministério da Educação

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Creches de Maricá são referência para estudo do Ministério da Educação. (Foto :: Clarildo Menezes)

Creches de Maricá são referência para estudo do Ministério da Educação. (Foto :: Clarildo Menezes)

Creches de Maricá são referência para estudo do Ministério da Educação. (Foto :: Clarildo Menezes)[/caption]

Implantadas há menos de dois meses em Maricá, as duas creches municipais - CEIM Marilza da Conceição da Rocha Medina, de Cordeirinho, e CEIM Professor José Carlos de Almeida e Silva, em Inoã - foram utilizadas como unidades de referência para um estudo pedagógico que está sendo realizado pelo Ministério da Educação sobre a implantação de creches com verbas do Governo Federal. Nesta quarta-feira, dia 03/07, a consultora do MEC para Educação Infantil, Maria da Graça Souza Horn, e a consultora técnica do Pro-Infância (programa responsável pela construção das novas creches), Maria de Fatima Malheiro, acompanharam o funcionamento das unidades e entrevistaram a comunidade escolar sobre especificidades do projeto, desde a construção e organização do espaço até o perfil social e econômico das famílias dos alunos.

A consultora do MEC para Educação Infantil, Maria da Graça Souza Horn, explicou que graças a este trabalho está visitando diversas cidades por todo território brasileiro em locais onde já foram implantadas creches do Pró-Infância. “O objetivo desse estudo é fazer um diagnóstico das unidades, coletando dados e verificando sua aceitação junto à comunidade escolar para a produção de um manual de orientação que dê subsídios e auxilie os gestores na implantação de novas unidades”, destacou Maria da Graça. A consultora explicou a importância desse levantamento. “Estamos coletando o maior número possível de dados. O que for apresentado aqui servirá para aprimorar novos projetos. Esse é o momento para apontar o que deve ser melhorado”, destacou Maria da Graça.

Segundo ela, os modelos de creches do Pró-Infância seguem um padrão de projeto arquitetônico que deve ser seguido por todos os municípios. No entanto, a consultora destacou que há detalhes no projeto que não são tão bem aproveitados por todas as regiões do país. “O projeto prevê um amplo pátio externo aberto para a realização de diversas atividades, o que é ideal para cidades quentes como as do Nordeste. Mas, nos municípios da região Sul, todos são unânimes em considerar que o pátio deveria ser fechado”, explicou, acrescentando que o manual deve estar pronto em agosto de 2014.

A secretária municipal de Educação, Marta Quinan, destacou a dificuldade de se atender a todas as exigências do programa. “O projeto é magnífico. No entanto, acho que deveriam ser consideradas as especificidades de cada região”, salientou Marta. Uma das dificuldades apontadas pela secretária é a exigência de áreas planas de 2.740m2 para a construção das creches públicas. “Com o crescimento do mercado imobiliário há localidades em nossa cidade em que já está difícil encontrar terrenos livres que possam receber esses projetos”, ressaltou.

A consultora técnica do Pro-Infância, Maria de Fatima Malheiro, explicou que a política do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação) é manter o padrão para não desconfigurar o espaço público. “Considero vitoriosos aqueles gestores que conseguem atender todas as exigências de implantação do Pró-Infância. Maricá conseguiu implantar duas esse ano e, em breve, será inaugurada mais uma unidade em Itaipuaçu. A cidade está de parabéns”, declarou Maria de Fátima.

As entrevistas- De forma geral, os entrevistados elogiaram o projeto arquitetônico das creches e ressaltaram que ambas as unidades estão contribuindo para a melhoria econômica das famílias. A diretora Kátia Oliveira Cruz da unidade do Bosque Fundo, em Inoã, destacou que sente falta de um refeitório coberto que possibilite aos alunos fazerem suas refeições mais protegidos. “O pátio é usado para servir as refeições, mas, em dias chuvosos e frios, acabo utilizando as salas de aula. Realmente, se o pátio fosse fechado, conseguiríamos usá-lo para diversas atividades que atualmente não posso”, destacou a diretora da creche, que hoje atende a 254 alunos de dois a cinco anos.

Já a diretora da unidade do Cordeirinho, Edilma da Silva Farias, ressaltou que o anfiteatro seria melhor aproveitado se fosse coberto e se tivesse cercas em suas laterais. “Se o espaço fosse fechado, poderíamos usá-lo com mais frequência”, explicou. Vale ressaltar que os projetos das creches em Maricá obedeceram a projetos arquitetônicos definidos pelo Governo Federal. A creche de Cordeirinho atende em período integral um total de 139 crianças de dois a cinco anos.

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Pesquisa realizada com a professora da creche em Cordeirinho  (Foto :: Clarildo Menezes)

Pesquisa realizada com a professora da creche em Cordeirinho (Foto :: Clarildo Menezes)

Pesquisa realizada com a professora da creche em Cordeirinho (Foto :: Clarildo Menezes)[/caption]
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