14/08/2013 às 11h02min - Atualizada em 14/08/2013 às 11h02min

Câmara Municipal expõe os “Caminhos da Fé Católica em Maricá”

A Câmara Municipal de Maricá inaugurou ontem (13/08) a exposição “Os Caminhos da Fé Católica em Maricá”, que estará em cartaz até o dia 31 deste mês. A curadoria é da historiadora Maria Penha de Andrade e Silva e da arquiteta e urbanista Renata Gama.

Durante cerca de três meses, a dupla levantou dados nos acervos das paróquias e realizou um trabalho de campo com visita a algumas comunidades de Maricá. A partir daí, catalogaram as informações que agora dão corpo à exposição – formada por 50 imagens históricas que mostram cerimônias de comunhão e casamentos de famílias tradicionais, os 400 anos da vinda de Anchieta e as cerca de 30 capelas das três paróquias municipais (N.Sª do Amparo, São José do Imbassaí e N.Sª de Fátima).

“O catolicismo sempre foi um fator muito forte na formação do povo maricaense, desde a fundação do município. Depois das pesquisas, decidimos solicitar ao presidente da Câmara, vereador Fabiano Horta, uma indicação legislativa para nomear oficialmente o Padre José de Anchieta como o fundador oficial de Maricá”, antecipou Maria Penha.

Ainda segundo a historiadora, Anchieta foi um idealista e um grande educador. “Ele fundou a Vila de São Vicente, em São Paulo, passou por Reritiba, no Espírito Santo e por Niterói e, finalmente, chegou a Maricá. O episódio da pesca milagrosa marcou sua passagem por nossas terras e foi ele também que realizou a primeira missa campal de Maricá, ainda em São José”, declarou. 

Entre os momentos históricos registrados na exposição, também está o lançamento da pedra fundamental da Igreja de Nossa Senhora do Amparo, em 1755, com a vinda, de Portugal, de uma imagem da santa.

Visita Durante a cerimônia comandada pelo presidente da câmara municipal e pelo secretário municipal de Cultura, Sérgio Mesquita - a professora Eunice Coelho cantou “à capela” o hino à N.Sª do Amparo, composto pelo professor Adail Bento e por Cônego Batalha, outro educador de destaque na fé católica de Maricá. Após o discurso oficial de abertura da mostra, dezenas de convidados fizeram uma visita guiada ao lado da historiadora Maria Penha.

O presidente do ISSM, Luiz Carlos Bittencourt, declarou que foi coroinha do Cônego Batalha. “Na época, a missa era celebrada em latim. Quando o papa João XXIII aboliu essa medida, houve dificuldade inicial para sacerdotes antigos acompanharem o ritual em português”, lembra.

A arquiteta Renata Gama usou palavras do escritor, músico e pesquisador maricaense Décio Teobaldo para descrever a importância da pesquisa histórica por trás da exposição. “É importante desvelar o óbvio”, disse, acrescentando que os moradores terão uma oportunidade de conhecer melhor sua terra.

O arquiteto Marcio Felipe, 24 anos, aprovou a exposição. “Imagino o trabalho que os organizadores tiveram para montar essa mostra”, declarou. “Maricá tem uma história formidável, que poucos conhecem", ressaltou o arquiteto.

A exposição conta com o apoio das secretarias municipais de Cultura e de Assuntos Religiosos.


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