A Polícia Rodoviária Federal (PRF) interceptou, na tarde desta quinta-feira, 19, uma van com pelo menos 12 adolescentes indígenas que eram submetidos a um suposto trabalho escravo em Maricá.
De acordo com as informações, o motorista da van seguia com sete meninos e cinco meninas - entre elas um bebê de um ano - que estavam sem documentação e com a suspeita de que os adolescentes estavam sendo submetidos ao trabalho análogo à escravidão.
Segundo a polícia, os adolescentes - que tinham idades de 14, 16, 17 e 5 anos de idade - estavam trabalhando em uma construção dentro de uma aldeia indígena em Maricá desde domingo, 15. Alem disso, um bebê de um ano também estava com o grupo.
Ainda de acordo com as informações, os indígenas eram da cidade de Paraty e voltavam para casa nesta quinta-feira, 19, quando a van foi interceptada.
Por meio de nota, a Funai informou que o grupo participou de um mutirão para construção de moradias em uma aldeia de Maricá. Disse ainda que os menores estavam sob a guarda de adultos autorizados.
Em nota, a Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Participação Popular e Direitos Humanos, nega de forma veemente que o grupo de indígenas realizasse trabalho escravo. Eles participaram de construção em mutirão, hábito afeito ao grupo, e visitaram parentes, conforme foi esclarecido em depoimento na delegacia.