19/01/2024 às 12h18min - Atualizada em 19/01/2024 às 11h52min

Vereador de Maricá é acusado de cometer intolerância religiosa

J. T. - leisecamarica.com.br


O político Ricardinho Netuno, que é vereador de Maricá, foi acusado de cometer intolerância religiosa na última terça-feira, 16, através de um vídeo em suas redes sociais. 


Na ocasião, Ricardinho divulgou um vídeo de diversas crianças em uma oficina de artes de verão organizada pela prefeitura e julgou dizendo em tom pejorativo que as crianças estavam aprendendo sobre as religiões de matrizes africanas.


No vídeo, o vereador fala que o governo da cidade está ensinando “macumba” para as crianças, chama bonecas africanas de “vodu” e finaliza dizendo que “quando seu filho for possuído, você já sabe de quem é a culpa”, colocando a bandeira do PT. 


Além disso, o político - que é um dos mais cotados para disputar o cargo de prefeito pela oposição - ainda afirmou que o Secretário de Cultura do município só está no cargo porque supostamente seria namorado do filho da deputada estadual Rosângela Zeidan. 


Após o ocorrido, a mãe de uma das crianças que teve sua imagem exposta na publicação do vereador foi até a Delegacia de Maricá (82ª DP) e abriu uma ocorrência contra o parlamentar, o denunciando por ter postado o vídeo de sua filha e por suas falas preconceituosas. 


Agora, a 82ª DP e a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (DECRADI) estão investigando o crime. No ano passado, os vereadores maricaense já tinham pedido a cassação do mandato de Ricardinho por conta de outras polêmicas. 


Depois da denúncia feita pela mãe de uma das crianças, os outros vereadores da Câmara de Maricá procuraram o Conselho Tutelar, já que o vídeo expõe o rosto dos pequenos, e disseram que vão entrar com um novo pedido de cassação. 


Já o presidente da câmara, Aldair de Linda, disse que enviará a denúncia para a Comissão de Ética, onde ainda tramita a outra acusação que já havia sido feita a Ricardinho. 


A Prefeitura de Maricá se pronunciou repudiando o caso e afirmou que o ensino e a história da cultura afro-brasileira é obrigatório por lei.


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