27/09/2013 às 11h07min - Atualizada em 27/09/2013 às 11h07min

Greve dos bancários completa uma semana em agências de Maricá e Região

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Agências fechadas em Maricá. (Foto :: Romário Barros | Lei Seca Maricá)

Agências fechadas em Maricá. (Foto :: Romário Barros | Lei Seca Maricá)

Agências fechadas em Maricá. (Foto :: Romário Barros | Lei Seca Maricá)[/caption]

Em Maricá, Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Cabo Frio, Búzios e Rio das Ostras, todas as agências bancárias permanecem fechadas desde o primeiro dia de greve. As paralisações completaram uma semana com toda base do Sindicato dos Bancários de Niterói aderida ao movimento. Cem porcento dos trabalhadores estão a favor da greve e em todo o período nenhum incidente foi registrado, muito menos, algum bancário tentando furar a greve. Nos 16 municípios trabalham cerca de quatro mil bancários espalhados pelas 231 agências.

Os bancários, em greve nacional há sete dias, continuam ampliando e intensificando a paralisação da categoria em todo o país. Nesta quarta (25) 10.024 agências e centros administrativos de bancos públicos e privados foram paralisados nos 26 estados e no Distrito Federal. Trabalhadores de setores estratégicos também aderiram à greve, com destaque para a paralisação de call centers.

A greve nacional foi deflagrada na quinta-feira (19) e, como nos anos anteriores, vem crescendo a cada dia. No primeiro dia foram fechadas 6.145 unidades, subindo para 7.282 no segundo dia, 9015 no quinto dia e 9.665 unidades no sexto dia. Trata-se de um crescimento de 63,12% em relação ao primeiro dia de greve.

A (única) proposta da Fenaban de reajuste 6,1%, que repõe apenas a inflação do período, foi apresentada no dia 5 de setembro e foi rejeitada pelos bancários em assembleias realizadas dia 12, em todo o país. “Em uma semana de movimento temos um panorama tranquilo. A população tem sido compreensiva por que entende que brigamos também por um atendimento com mais qualidade. Os bancários sofrem todos os tipos de pressões e o bancos insistem numa política de demissões. Somente de janeiro a agosto deste ano, mais de sete mil postos de emprego foram fechados pelos maiores bancos do país. Esta informação soa como uma bomba aos ouvidos da categoria uma vez que, também no primeiro semestre, os bancos lucram absurdos bilhões de reais. Nossa greve continua por tempo indeterminado com muita organização e com 100% das agências da nossa região fechadas”, revela Fabiano Júnior, presidente do Sindicato dos Bancários de Niterói e região.

O Comando Nacional, que representa 95% dos bancários de todo o Brasil, vai se reunir nesta quinta-feira (26), às 14h, em São Paulo, para fazer uma avaliação da primeira semana de greve e definir formas de ampliar e fortalecer ainda mais o movimento.

Passeatas e manifestações- Além de paralisar as atividades, os bancários vêm intensificando a realização de passeatas e manifestações em todo o país. Na terça (24) ocorreram caminhadas em São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Campo Grande. Hoje, estavam agendadas mobilizações em Brasília, João Pessoa, Fortaleza e Salvador, entre outras.

As principais reivindicações dos bancários

> Reajuste salarial de 11,93% (5% de aumento real além da inflação)

> PLR: três salários mais R$ 5.553,15.

> Piso: R$ 2.860,21 (salário mínimo do Dieese).

> Auxílios alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$ 678 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

> Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoece os bancários.

> Emprego: fim das demissões, mais contratações, aumento da inclusão bancária, combate às terceirizações, especialmente ao PL 4330 que precariza as condições de trabalho, além da aplicação da Convenção 158 da OIT, que proíbe as dispensas imotivadas.

> Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários.

> Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós-graduação.

> Prevenção contra assaltos e sequestros, com o fim da guarda das chaves de cofres e agências por bancários.

> Igualdade de oportunidades para bancários e bancárias, com a contratação de pelo menos 20% de negros e negras.


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