"O médico Patrick entrou em contato com a equipe do LSM na última quinta-feira, 18, para esclarecer sobre duas acusações feitas contra ele.
Na primeira, o médico foi acusado de agredir violentamente a sua namorada em Cabo Frio. O crime teria acontecido em 2020 e a mulher precisou de cirurgia no rosto, que havia ficado desfigurado.
Já segundo, o Patrick teria sido detido após atacar a base da SEOP no bairro do Recanto, no distrito de Itaipuaçu.
O médico enviou uma nota de esclarecimento explicando toda as acusações.
SEGUE A NOTA NA INTEGRA
Nota de esclarecimento
O Senhor Patrick Coutinho Vaz, vem, respeitosamente, esclarecer os fatos que lhe são imputados.
De plano, é importante salientar que os fatos ganharam uma notoriedade desnecessária, colocando em risco, até mesmo, a vida e a integridade física do Sr. Patrick e de seus familiares. Sendo certo que, a imputação de crimes inverídicos, pautados em um discurso de ódio podem levar ao linchamento público e a outras práticas cruéis, sem prejuízo do contexto de pandemia mundial e, por ser médico, ter tido contato direto com o combate ao coronavírus, o Sr. Patrick não se entregou à justiça em um primeiro momento.
No dia 28/07/2020 ocorreu a Audiência de Instrução e Julgamento referente aos fatos que ensejaram o decreto prisional. No ato, a vítima esclareceu que não houve crime de violência sexual, o que corroborou as demais provas apresentadas pela Defesa perante o Juízo, tendo sido revogada a prisão imposta ao Sr. Patrick. Ainda na audiência, o Sr. Patrick também foi ouvido, o que afasta qualquer argumento de que o mesmo estava foragido.
De suma importância destacar que já foi proferida sentença no referido processo, culminando com a ABSOLVIÇÃO do Sr. Patrick do crime sexual que lhe foi imputado.
Em relação aos fatos que ganharam maior publicidade, tendo como vítima a Sra. Sarah, esclarece que nada ocorreu como narrado por ela, assim como pelas matérias jornalísticas. Destaca-se que os acontecimentos, atualmente, encontram-se em investigação pelas autoridades policiais, havendo apenas ação penal movida pelo suposto cárcere privado, mas sem qualquer medida preventiva ou decreto de prisão expedido.
Além disso, é válido dizer que não houve tentativa de feminicídio, nem cárcere privado, já tendo o Sr. Patrick disponibilizado um amplo acervo probatório para demonstrar a verdade dos fatos junto a DEAM de Cabo Frio e ao Poder Judiciário. No mais, a própria manifestação do Ministério Público nos autos não aborda o crime de feminicídio, limitando-se o tema apenas a uma manifestação da Delegada que iniciou as investigações e que, infelizmente, agiu de forma atécnica e sem qualquer fundamentação jurídica.
Por oportuno, é digno de nota e de pesar, a dimensão e a publicidade que os fatos tomaram tratando um médico, trabalhador e competente, como um criminoso de extrema periculosidade, esquecendo-se a todo o momento de que vivemos em um Estado Democrático de Direito, embasado pela presunção de inocência e pela dignidade da pessoa humana.
Por fim, cumpre esclarecer que estou à disposição para maiores esclarecimentos, destacando o compromisso com a verdade e com a justiça.
Cordialmente,
Patrick Coutinho Vaz
