O agronegócio brasileiro vive um momento de extrema dificuldade, com a seca e as queimadas severas, impactando fortemente a produção de alimentos e elevando o custo de produtos essenciais.
Entre os itens mais afetados, está a picanha, um dos cortes de carne bovina mais apreciados no país. O preço da carne disparou 43,5% em apenas um mês, passando de R$ 59,62 em agosto para R$ 85,56 em setembro.
Esse aumento drástico no preço da picanha é resultado direto das dificuldades enfrentadas pelos pecuaristas, que, devido à seca prolongada, foram forçados a confinar o gado, uma prática que encarece a produção. O confinamento envolve maiores custos com alimentação e manutenção dos animais, impactando diretamente o valor final do produto.
Além do aumento no preço da picanha, outros produtos essenciais também sofreram altas significativas. O feijão, por exemplo, teve uma elevação de 22,1% no preço, enquanto o café subiu 14,4%. A combinação de perdas nas colheitas e a antecipação da entressafra forçada tem pressionado os custos de produção, com a expectativa de que esses aumentos continuem a ser repassados aos consumidores nos próximos meses.
O cenário coloca em xeque as promessas feitas durante a última campanha presidencial, onde foi assegurado que os brasileiros poderiam voltar a "comer picanha com cervejinha". No entanto, a realidade atual reflete uma situação oposta, com o aumento expressivo no custo de produtos básicos, frustrando as expectativas da população.
A crise no agronegócio não se limita à carne bovina. A seca prolongada e os incêndios também têm prejudicado outras áreas produtivas, elevando os preços de diversos alimentos e comprometendo a economia de várias regiões. Com os custos em alta, há uma preocupação crescente com os impactos que essa situação terá ao longo do ano de 2024.
Diante dessa crise, o agronegócio brasileiro enfrenta um dos seus momentos mais críticos, com consequências que podem se estender por toda a cadeia produtiva e agravar ainda mais a situação econômica do país.
