02/11/2013 às 07h11min - Atualizada em 02/11/2013 às 07h11min

Piloto diz que denunciou problemas dias antes de acidente em Maricá

[caption id="attachment_23079" align="alignleft" width="300"]
Denúncia foi protocolada no dia 17 de setembro (Foto: Eduardo Bousada/Arquivo Pessoal)

Denúncia foi protocolada no dia 17 de setembro (Foto: Eduardo Bousada/Arquivo Pessoal)

Denúncia foi protocolada no dia 17 de setembro (Foto: Eduardo Bousada/Arquivo Pessoal)[/caption]

O fechamento da pista do aeroporto de Maricá, para pousos e decolagens continua gerando polêmicas. Nesta sexta-feira (1º), o piloto Eduardo Bousada Pereira, depois de assitir à matéria do Bom Dia Brasil, divulgou uma denúncia protocolada no site do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) no último dia 17 de setembro, onde afirmava que viaturas da Guarda Municipal estavam sendo usadas para impedir manobras das aeronaves ao taxiar, decolar ou pousar.

A denúncia foi protocolada 34 dias antes do acidente que vitimou instrutor e aluno, quando a aeronave em que os dois estavam caiu em uma lagoa da cidade, no último dia 21. Na ocasião, surgiu a hipótese de uma viatura ter impedido o pouso do avião monomotor que teve que arremeter, cancelando o pouso na pista do aeroporto.

No texto da denúncia, o piloto Eduardo Pereira disse que a prefeitura estava "contrariando a autoridade aeronáutica e a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), decretando o fechamento e proibição de pousos e decolagens, mesmo não constando em NOTAM".

O NOTAM é um documento que tem por finalidade divulgar, antecipadamente, toda informação aeronáutica que seja de interesse direto e imediato à segurança, regularidade e eficiência da navegação aérea. "Mais uma prova de que não foi fatalidade. A tragédia já estava anunciada e as autoridades aeronáuticas tinham conhecimento disso. Mesmo que o aeroporto seja reaberto, que o prefeito e demais responsáveis sejam condenados, eu, que sou piloto, e os demais colegas que voam ali já fomos derrotados. Vidas já foram perdidas banalmente. O aeroporto foi fechado, agora virou garagem de ônibus e os hangares estão sendo pintados de vermelho para virarem estacionamento", descreveu Eduardo.

Por conta desse imbróglio, o Ministério Público Estadual abriu investigação sobre denúncia de que pilotos estariam sendo proibidos e ameaçados de pousar no aeroporto de Maricá.

A Prefeitura de Maricá disse que detém o controle legal das instalações do aeroporto - e que a pista vem sendo mantida aberta para pouso. A Prefeitura afirmou ainda que a Guarda Municipal recebeu orientação de não entrar na pista, mas que vai manter a van bloqueando a pista para o tráfego de aeronaves porque o acesso daquela parte do complexo é proibido.

A Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) informou que abriu processo para apurar as denúncias. Caso identifique condutas que possam causar riscos às operações aéreas, pode acionar o Ministério Público e a Polícia Federal.

O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) foi procurado pela reportagem para comentar sobre a denúncia feita pelo piloto 34 dias antes do acidente que vitimou instrutor e piloto no último dia 21 de outubro, mas até a publicação desta reportagem não respondeu aos questionamentos.

[caption id="" align="aligncenter" width="553"]
Primeiro avião caiu no dia 11 de Setembro. (Foto :: Arquivo | Romário Barros - Lei Seca Maricá)[/caption]
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp