17/09/2012 às 23h32min - Atualizada em 17/09/2012 às 23h32min

Greve dos bancários à partir desta terça-feira (18)

Agências bancárias de Maricá vão aderir à greve

Bancos em Maricá também vão aderir à grave
( Foto :: Cláudio Costa | Lei Seca Maricá)
A greve nacional dos bancários prevista para começar nesta terça-feira promete forte adesão em todo o Estado do Rio de Janeiro. De acordo com Almir Aguiar, presidente do Sindicato dos Bancários da Cidade do Rio, a intenção por parte dos funcionários do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, leva a crer que a paralisação venha a ser maior que a do ano passado, quando cerca de 45% das agencias de todo o Brasil ficaram fechados durante 19 dias.  "Nossa intenção é fechar todas as agências bancárias do centro da cidade na terça-feira e pouco a pouco ir ampliando o movimento", disse Aguiar, explicando que geralmente, quando a greve é deflagrada, a adesão dos sindicatos espalhados por todo o Estado costuma ser grande. Só no Rio de Janeiro são 16 mil bancários que podem entrar em greve já a partir desta terça-feira.

Os bancários pedem, além da proposta de aumento de 10,5% (5% de reajuste mais a inflação de 2011), maior piso salarial, maior valor na participação dos lucros, além de outras propostas para melhorar a segurança e o atendimento à população. "Só ano passado, 49 pessoas foram mortas em ataques a banco e esse número pode ser maior esse ano. Estamos apresentando um plano também aos banqueiros para que melhorem as condições de segurança para que os assaltos às agências e crimes como a saidinha de banco possam diminuir" explicou Almir, reclamando do fato de vários bancos estarem inaugurando novas agências sem porta giratória. "Queremos também que se instalem biombos para dificultar a visualização de quem está sendo atendido. São medidas que valem mais que proibir o uso de celulares", afirmou o sindicalista.

Outra proposta dos bancários é ampliar o horário de atendimento das agências, que passariam a abrir das 9h às 17h em dois turnos, para aumentar também o numero de empregos no setor. "Só em 2011 os lucros dos banqueiros ultrapassou os R$ 54 bilhões, ou seja, eles podem atender nossas reinvindicações", afirmou Aguiar. O dirigente explicou que nas três rodadas de negociações anteriores com a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a proposta foi de 6% de aumento, o que significaria pouco mais 0,7% de aumento real.

A greve foi aprovada em assembleia na semana passada, como determina a lei de greve, e não há data para terminar. O presidente do sindicato dos bancários do município do Rio alerta a população a antecipar saques e pagamentos, embora o auto-atendimento e a reposição de dinheiro dos caixas eletrônicos não devam ser afetados pelo movimento. "Queremos voltar a negociar Apenas quando os patrões tiverem, realmente, uma proposta que valha a pena ser discutida. Até lá vamos permanecer em greve."
Reivindicações
A categoria quer reajuste salarial de 10,25%, sendo 5% de aumento real, além da inflação projetada de 5%. Outro pedido envolve o pagamento da PLR de três salários mais R$ 4,961,25 fixos. A Febraban não comentou as declarações do sindicato, mas não descartou se pronunciar ainda hoje ou nesta terça-feira.

A categoria também exige a criação de planos de cargos, carreiras e salários para todos os bancários; o pagamento de auxílio-educação (para graduação e pós-graduação); ampliação das contratações; aumento da inclusão bancária; combate às terceirizações; aprovação da convenção que inibe a dispensa imotivada; cumprimento da jornada de 6h; mais segurança nas agências bancárias - como instalação das portas de segurança -; previdência complementar para todos os trabalhadores; elevação para R$ 622 os valores do auxílio-refeição, da cesta-alimentação, do auxílio-creche/babá e da 13ª cesta-alimentação, entre outros.

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