15/01/2014 às 01h47min - Atualizada em 15/01/2014 às 01h47min

Empresa de Maricá desenvolve geradores de energia eólica para todo o Brasil

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Luiz Cezar Pereira, diretor executivo da Enersud. (Foto :: Reprodução | Internet)

Luiz Cezar Pereira, diretor executivo da Enersud. (Foto :: Reprodução | Internet)

Luiz Cezar Pereira, diretor executivo da Enersud. (Foto :: Reprodução | Internet)[/caption]

Produzir a própria energia está se tornando um bom negócio no Brasil. Já tem gente ganhando desconto na conta de luz. Se a fonte for limpa e renovável, como o sol ou o vento, é possível ter excelentes descontos ou mesmo deixar de pagar a conta de luz.

Isso é possível no Brasil desde o ano passado, quando a Aneel regulamentou as regras da Microgeração Distribuída de Energia.

Produzir energia eficiente para abastecer a própria casa ou empresa tem justificado o aparecimento de novos negócios no Brasil. Em uma pequena fábrica em Maricá, a aproximadamente 40 quilômetros do centro do Rio de Janeiro, já foram fabricadas e vendidas mais de 500 microturbinas de vento de um modelo convencional, que parece um ventilador de teto maior. Agora a grande vedete da linha de montagem é uma microturbina vertical. A grandde vantagem dela é captar diferentes correntes de vento a partir de um mesmo ponto. 

“Nós trabalhamos com vários nichos de mercado. Nas telecomunicações é importante para gente, o uso em plataformas de petróleo e terminais é, começa a ficar significativo para a gente. Nós temos uma clientela espetacular nas universidades, nós estamos presentes em 60 universidades, o nosso público é quem precisa de energia ou quer gerar sua própria energia”, diz Luiz Cezar Pereira, diretor executivo da Enersud. 

A fábrica produz 12 turbinas por mês. O custo varia de R$ 4,5 mil para os modelos menores e até R$ 45 mil, para os aerogeradores capazes de abastecer até três residências de uma só vez.

Um dos primeiros clientes foi o aposentado Edson Eduardo Weissinger. A energia do vento é armazenada em baterias que asseguram metade da energia consumida na casa. “A região aqui é muito deficiente no atendimento de energia elétrica. Falta muita luz aqui. Então este aparelho nos dá a satisfação de ter no momento de falta de luz a minha casa está toda iluminada. Além disso, tem aproveitamento de energia elétrica para aparelhos eletrodomésticos. Seja micro-ondas, seja liquidificador, batedeira. Devo economizar em torno de R$ 200 a R$ 250 do aparelho”.

Pelas contas da Aneel, existem hoje 39 micro-geradores de energia oficialmente registrados. Vinte projetos solares, dezoito projetos eólicos e um de biomassa. Outros 100 projetos estão em fase de implantação. 

“Nossa expectativa é que nos próximos cinco anos a gente tenha ai em torno de 30 mil pontos instalados no Brasil todo”, acredita Carlos Alberto Mattar, superintendente de regulação dos serviços de distribuição de energia elétrica da Aneel.

Trinta mil pontos de micro-geração equivaleriam a 2,5 gigawwats de potência, o suficiente para abastecer uma população de aproximadamente um milhão de pessoas. Um país em que a população passa a produzir a energia que consome e ainda se beneficia disso. O Brasil do futuro começa a virar realidade.


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