27/01/2014 às 17h33min - Atualizada em 27/01/2014 às 17h33min

Eutrofização das águas das Lagoas de Maricá preocupa bióloga

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Foto registrada pela bióloga Milla Viegas.

Foto registrada pela bióloga Milla Viegas.

Foto registrada pela bióloga Milla Viegas.[/caption]

REPORTAGEM :: ROMÁRIO BARROS- Um problema que age de forma silenciosa e intensa acontece nas lagoas de Maricá: A eutrofização. A Principal causa é o aporte contínuo de esgoto que vem pela rede de águas pluviais e são despejados diretamente nas lagoas de Maricá. Junta-se a isso a quantidade enorme de sedimentos existentes, além do fato de a lagoa ser muito rasa.

A bióloga e professora Milena Viegas postou em seu perfil pessoal no facebook, algumas imagens da água da lagoa onde fica claro o problema. “A Eutrofização é o processo de poluição de corpos d´água, como rios e lagos, que acabam adquirindo uma coloração turva ficando com níveis baixíssimos de oxigênio dissolvido na água. Isso provoca a morte de diversas espécies animais e vegetais, e tem um altíssimo impacto para os ecossistemas aquáticos.” Disse.

Milena falou mais sobre o assunto. “Em geral, provém da ação humana corpos d´água geralmente são o destino final de sistemas de tratamento de esgoto, fazendo com que muita matéria orgânica vinda desses sistemas seja jogada na água. Outra grande fonte de nutrientes vem da água usada para irrigação em fazendas: com o uso de adubos e pesticidas, muitas substâncias e nutrientes, como sulfatos e nitratos, ficam dissolvidas na água, e acumulam-se no corpo d´água mais próximo.” Contou.

O Sistema ‘Lagoa de Maricá’ é composto de seis lagunas que se intercomunicam, tendo a sua margem sul reta e de areia, aproximadamente 20 quilômetros. As lagunas são Brava, Maricá propriamente dita (ou Largo Grande da Lagoa de Maricá, ou Lagoa de São José, ou simplesmente: Laguna de Maricá), Bacoparí, Barra, Padre e Gururapina ( Ou Guarapina para outros, sendo que o roteiro D.H.N. trás o nome Gururúpirá). A maior lagoa do sistema Lagoa de Maricá está na direção Norte Sul, vem desde Araçatiba até ao Zacarias.

Em visita à Maricá, Carlos Minc falou sobre as intervenções da Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) para sanear a Lagoa de Maricá, a partir das obras de coleta e tratamento de esgoto na região do entorno do ecossistema – atualmente poluído pelo despejo de esgoto in natura. Com investimentos de R$ 60 milhões, metade das obras já foi executada. 

De acordo com Minc, as intervenções irão beneficiar cerca de 80% de moradores da região central de Maricá. Posteriormente, chegarão aos demais bairros do primeiro distrito, atendendo a um total de 48 mil moradores. As obras abrangem os bairros de Itapeba e Araçatiba, no Centro de Maricá. A primeira etapa consiste na implantação de 101 km de rede coletora de esgoto e de 11.700 ligações domiciliares, além da construção de oito elevatórias, de uma estação de tratamento de esgoto (ETE) e de um emissário submarino com 4 km mar adentro.

Além das obras de saneamento, implementadas pelo Governo do Estado, a Prefeitura de Maricá tenta viabilizar, junto ao Governo Federal, a obtenção de R$ 23 milhões para o saneamento dos distritos de São José de Imbassaí e de Itaipuaçu/Inoã; outras importantes regiões do município. “Com a conclusão das obras previstas, a cidade estará saindo da situação de zero por cento de esgoto sem tratamento para 80% de esgoto tratado”, ressaltou Carlos Minc.

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Foto registrada pela bióloga Milla Viegas.

Foto registrada pela bióloga Milla Viegas.

Foto registrada pela bióloga Milla Viegas.[/caption]
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