— A gente fez uma grande pesquisa de tudo o que era Maricá. A gente foi para a cidade pesquisar e aí dentro das pesquisas eu achei uma frase importante que estava em negrito que me chamou a atenção “só fui feliz em Maricá”. A partir dessa frase eu fui atrás, pesquisar quem que amava tanto uma cidade assim para chegar ao ponto de escrever isso. Descobrimos que foi a Maysa e a partir daí eu me interessei pela história dela.
A cidade também abrigou vários moradores ilustres como Darcy Ribeiro e Oscar Niemeyer, mas esse amor de Maysa pela cidade chamou a atenção do carnavalesco que decidiu falar de Maricá pela visão da cantora, como se ela estivesse contando a história.
— Eu cheguei a conclusão de que as sinopses iam ser feitas a partir de uma “carta psicografada”. Eu pensei em como esse sentimento era muito grande, a Maysa vai descrever todo o sentimento que ela tem pela cidade e através desse sentimento ela vai contar toda a história da cidade.
A partir disso, o desfile será organizado pela chegada de Maysa à cidade e depois por ela contando a história do local aos filhos de pescadores. O enredo evolui e fala da divisão das Sesmarias que englobou a região; a chegada dos Jesuítas na cidade; milagres religiosos; passagem de Charles Darwin por Maricá; escravidão; produção de alimentos; movimento hippie; e termina na década de 70, quando a artista faleceu.