02/03/2014 às 09h00min - Atualizada em 02/03/2014 às 09h00min

Grande Rio desfila hoje e conta a história de Maricá a partir das impressões de Maysa

Escola será a segunda a desfilar neste domingo (2 de março). Os 200 da cidade serão contados de forma não linear.

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Kombis e Fuscas decoram a alegoria que vai mostrar público a caminho do mar de Maricá. (G1)

Kombis e Fuscas decoram a alegoria que vai mostrar público a caminho do mar de Maricá. (G1)

Kombis e Fuscas decoram a alegoria que vai mostrar público a caminho do mar de Maricá. (G1)[/caption]

Quando alguém pergunta o que há em Maricá, para se transformar em enredo, o carnavalesco da Acadêmicos do Grande Rio, Fábio Ricardo, informa logo: a cidade está completando 200 anos. Mas que ninguém pense que se trata de um enredo histórico. Ao contrário, ele vai falar sobre a cidade a partir do ponto de vista da cantora paulista Maysa, que na década de 1970, deixou para trás o burburinho das cidades grandes para se refugiar, com seu piano, na tranquilidade do litoral fluminense.

A Grande Rio vai ser a segunda escola a desfilar no domingo (2 de março), como o enredo “Verdes olhos de Maysa sobre o mar, no caminho: Maricá”.

“Não se trata de um enredo histórico. O maior desafio foi pegar uma cidade simples e transformar num grande enredo. E foi a frase ‘Não se pode falar de Maricá sem falar de Maysa e não se pode falar de Maysa sem falar de Maricá’ que me inspirou. Quis ver de perto o que tinha impressionado tanto a cantora. E é isso que vou mostrar na avenida”, disse Fábio Ricardo.

Os exatos 3.326 componentes – que terão as fantasias doadas pela escola – vão começar contando nas primeiras das 31 alas como Maysa chegou a Maricá com seu piano, decidida a fixar residência na cidade. Ela construiu uma casa em estilo grego, de frente para o mar e começou a ter contato com os pescadores da região.

O carnavalesco destaca no segundo setor que a cidade não teve uma fundação. Maricá é uma divisão de terras de sesmarias, terras que eram ocupadas pelos índios tamoios e que foram colonizadas e dominadas pelos jesuítas e pelo padre José de Anchieta. Conta Fábio Ricardo que a devoção à Nossa Senhora do Amparo cresceu muito depois da chegada de Anchieta, que operou um “milagre”, ao livrar a população de uma febre que matou muita gente e fazer a pesca ser o grande impulsionador econômico da região.

Os outros dois setores da escola vão ser dedicados à chegada de Charles Darwin ao Brasil, em especial à região de Maricá, na Serra da Tiririca. É um segmento com muito verde, insetos e seres da floresta.

“Como era uma época de pesquisas e experiência, montamos o ‘laboratório’ de Darwin no meio da mata. Queria dar uma impressão de floresta. Usamos mais de cinco mil bolas de grama sintética para fazer as copas das árvores. É nesse setor também que surge a lenda da existência de um lobisomem em Maricá”, revela o carnavalesco.

O enredo segue falando da produção agrícola de cana, banana e laranja, além da pesca que impulsionaram a cidade. E da experiência inédita dos moradores que levaram um trem para a cidade para poder escoar a produção.  E termina nos anos 1970 com a chegada de Maysa à cidade.

“Neste setor fazemos um convite ao público para que descubra as belezas e a felicidade em Maricá, assim como a cantora. É um momento colorido e romântico do desfile”, explica o carnavalesco acrescentando que neste setor vai promover um desfile interativo, com a participação do público através dos vídeos enviados para o site www.vaigranderio.com.br.

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Artesão trabalha na escultura de uma das alegorias da Grande Rio (G1)

Artesão trabalha na escultura de uma das alegorias da Grande Rio (G1)

Artesão trabalha na escultura de uma das alegorias da Grande Rio (G1)[/caption]
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