Escola será a segunda a desfilar neste domingo (2 de março). Os 200 da cidade serão contados de forma não linear.
[caption id="attachment_30630" align="alignleft" width="300"]Quando alguém pergunta o que há em Maricá, para se transformar em enredo, o carnavalesco da Acadêmicos do Grande Rio, Fábio Ricardo, informa logo: a cidade está completando 200 anos. Mas que ninguém pense que se trata de um enredo histórico. Ao contrário, ele vai falar sobre a cidade a partir do ponto de vista da cantora paulista Maysa, que na década de 1970, deixou para trás o burburinho das cidades grandes para se refugiar, com seu piano, na tranquilidade do litoral fluminense.
A Grande Rio vai ser a segunda escola a desfilar no domingo (2 de março), como o enredo “Verdes olhos de Maysa sobre o mar, no caminho: Maricá”.
“Não se trata de um enredo histórico. O maior desafio foi pegar uma cidade simples e transformar num grande enredo. E foi a frase ‘Não se pode falar de Maricá sem falar de Maysa e não se pode falar de Maysa sem falar de Maricá’ que me inspirou. Quis ver de perto o que tinha impressionado tanto a cantora. E é isso que vou mostrar na avenida”, disse Fábio Ricardo.
Os exatos 3.326 componentes – que terão as fantasias doadas pela escola – vão começar contando nas primeiras das 31 alas como Maysa chegou a Maricá com seu piano, decidida a fixar residência na cidade. Ela construiu uma casa em estilo grego, de frente para o mar e começou a ter contato com os pescadores da região.
Os outros dois setores da escola vão ser dedicados à chegada de Charles Darwin ao Brasil, em especial à região de Maricá, na Serra da Tiririca. É um segmento com muito verde, insetos e seres da floresta.
“Como era uma época de pesquisas e experiência, montamos o ‘laboratório’ de Darwin no meio da mata. Queria dar uma impressão de floresta. Usamos mais de cinco mil bolas de grama sintética para fazer as copas das árvores. É nesse setor também que surge a lenda da existência de um lobisomem em Maricá”, revela o carnavalesco.
O enredo segue falando da produção agrícola de cana, banana e laranja, além da pesca que impulsionaram a cidade. E da experiência inédita dos moradores que levaram um trem para a cidade para poder escoar a produção. E termina nos anos 1970 com a chegada de Maysa à cidade.
“Neste setor fazemos um convite ao público para que descubra as belezas e a felicidade em Maricá, assim como a cantora. É um momento colorido e romântico do desfile”, explica o carnavalesco acrescentando que neste setor vai promover um desfile interativo, com a participação do público através dos vídeos enviados para o site www.vaigranderio.com.br.
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