A unidade do Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) de São José comemorou o Dia Internacional da Mulher com a esquete “Maria Remexida”, escrita e produzida pela equipe técnica do núcleo. O secretário municipal de Assistência Social, Jorge Castor; a subsecretária de Assistência Social, Laura Vieira; e a representante do NEACA Maricá, Cynthia Rachel Lima, estiveram presentes na apresentação.
Em aproximadamente 10 minutos de espetáculo, a plateia conheceu a vida da dona de casa Maria (interpretada por Gláucia Oliveira, coordenadora do CRAS) e de sua filha adolescente Marcilene (a assistente social Adriana Scott). Elas mostraram diferentes dificuldades cotidianas vividas por muitas mulheres brasileiras. A peça foi muito aplaudida.
Ao fim da apresentação, houve depoimentos de usuárias do CRAS, como a dona de casa Solange das Dores Rodrigues, de 64 anos, moradora do bairro, que declarou ter conseguido criar oito filhos, um deles deficiente. “Me sinto vitoriosa por ter criado meus filhos, com todas as lutas que enfrentei e superei. Hoje, com netos e bisnetos, vivo a minha vida e encontrei nas oficinas do CRAS mais motivos de alegria. Faço biscuit, E.V.A. e pintura em tecido”, comentou.
Já Alda de Menezes, 74 anos, também moradora do bairro, se diz maravilhada com o que aprende na unidade. "Tenho três filhos, seis netos e três bisnetos. Estou aprendendo pintura em tecido, depois de ter feito biscuit e E.V.A. A mulher sempre trabalhou mais que o homem, pois tem que dar conta da casa e da família, ao mesmo tempo. Acho que está conquistando o espaço que sempre mereceu, mas ainda há muita incompreensão e violência. Minha família já foi vítima disto”, enfatizou.
Na ocasião, Cynthia Rachel Lima, a representante do NEACA Maricá, informou que a instituição tem por objetivo dar suporte psicológico e social às famílias vítimas de violência doméstica. “Trabalhamos em parceria com a municipalidade e pretendemos contribuir na construção de uma sociedade mais humana e igualitária”, frisou.
O secretário municipal de Assistência Social, Jorge Castor, comentou que "o mundo começou a mudar quando a mulher passou a ter o direito de voto e assinar obras de arte, o que antes não acontecia. O mundo mudou, e a mulher conquistou seus direitos, embora haja muito ainda por que lutar”, adiantou.
No final da apresentação da esquete e dos depoimentos dos usuários do CRAS, a coordenadora Gláucia Oliveira cortou um bolo em homenagem ao Dia da Mulher, com os parabéns de toda a equipe.
O CRAS de São José Central atende cerca de 60 usuários e conta com uma equipe composta por cinco técnicos e quatro administrativos. A unidade fica na Estrada Real de Maricá, s/nº, quadra 4, lote 3. Informações podem ser obtidas pelo telefone 2634-9833.
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