04/05/2014 às 09h50min - Atualizada em 04/05/2014 às 09h50min

Travessia de alto risco na RJ-106 preocupa moradores

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Moradores pedem a colocação de uma passarela no local, para tornar a travessia da estrada segura. (Foto: Marcelo Feitosa)

Moradores pedem a colocação de uma passarela no local, para tornar a travessia da estrada segura. (Foto: Marcelo Feitosa)

Moradores pedem a colocação de uma passarela no local, para tornar a travessia da estrada segura. (Foto: Marcelo Feitosa | O Fluminense)[/caption]

O trecho da Rodovia RJ-106 (Amaral Peixoto), que corta os bairros de Rio do Ouro e Várzea das Moças, em São Gonçalo, na altura do Km 8.6 tem sido palco de constantes atropelamentos. Um dos últimos ocorreu no dia 21 de abril, quando uma menina de três anos morreu após ser atingida por uma motocicleta. No local não há radares, redutores de velocidades, faixas de pedestres, semáforos, passarelas ou qualquer equipamento que assegure a travessia segura das pessoas que cruzam a rodovia. Revoltados com a situação, moradores reclamam de abandono e realizam constantes protestos a fim de chamar atenção das autoridades. 

“Aqui é uma tristeza só, aqui não tem nada! Nada que beneficie os moradores. Têm muitos motoristas que são educados e que, ao verem que estamos tentando atravessar, param e permitem a nossa passagem. Já outros ignoram, buzinam e continuam trafegando em alta velocidade sem se importar com as pessoas que estão atravessando as pistas. Todos os dias são assim: temos que colocar nossas vidas em risco. Não somente os adultos, como também as crianças. Isso porque de um lado está a comunidade e do outro estão os serviços, mercadinhos e escolas. Não tem outra opção, se quisermos realizar qualquer coisa, temos que nos arriscar”, denuncia a dona de casa Rosimere Garcez, de 47 anos.

Na região não há ponto de ônibus. O local mais próximo para pegar as conduções fica a 10 minutos. Além disso, os moradores denunciam a falta de iluminação, que tem agravado o perigo não só para os transeuntes como também para os motoristas.

“Esse é um trecho da morte! Falta iluminação, estrutura e segurança. À noite, não tem iluminação portanto, muitos veículos são furtados, mas pior que isso são os motoristas que trafegam com o farol apagado, aumentando os riscos de acidentes. A passarela mais próxima fica a 500 metros daqui, por isso a grande maioria das pessoas se arrisca. Somente este ano, nós já presenciamos mais de oito mortes em decorrência das imprudências de motoristas, mas também pela falta de respeito dos governantes com a gente. Estamos fazendo um abaixo-assinado para ver se conseguimos reverter essa situação”, afirma o cabeleireiro, Josias Marques Filho, de 45 anos.

Histórico – No dia 24 de abril, a morte da menina de três anos deixou moradores da região revoltados com mais um atropelamento de consequências graves. Além da criança, a mãe dela, a irmã de oito anos e a avó também foram atropeladas. As duas últimas estão internadas no Hospital Estadual Alberto Torres (Heat), no Colubandê, em São Gonçalo.

A menor – que sofreu fratura do fêmur – foi operada. A avó sofreu traumatismo craniano. A mãe sofreu ferimentos leves e depois de medicada no mesmo hospital teve alta médica.

Até o fechamento desta edição o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) não se pronunciou. 


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