07/05/2014 às 10h03min - Atualizada em 07/05/2014 às 10h03min

Maricá 200 anos: Conheça a beleza natural e a história das Ilhas Maricás

Em homenagem aos 200 anos da Cidade de Maricá, O LSM preparou uma série de trinta reportagens especiais sobre o município. As reportagens mostram a história da região e as suas belezas naturais.

O Lei Seca Maricá mostra nesta quarta-feira, 07, a história das Ilhas Maricás, no litoral do município. Confira na matéria as belezas naturais do arquipélago e história do naufrágio do Moreno.

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O arquipélago das Ilhas Maricás são formados por cinco ilhas, sendo uma principal de 1,5km de extensão

O arquipélago das Ilhas Maricás são formados por cinco ilhas, sendo uma principal de 1,5km de extensão

O arquipélago das Ilhas Maricás são formados por cinco ilhas, sendo uma principal de 1,5km de extensão[/caption]

O arquipélago das Ilhas Maricás são formados por cinco ilhas, sendo uma principal de 1,5km de extensão. Essas ilhas são as únicas ilhas do extenso litoral desde Maricá até a cidade Arraial do Cabo, estão bem próximas à entrada da Baía de Guanabara e a poucos quilômetros da Praia de Itaipuaçu, em Maricá. O ponto mais visitado pelos mergulhadores é a enseada da ilha principal, onde há diversas pedras, tocas, grande variedade de vida, além do naufrágio Moreno que ocorreu no ano de 1874.

Para os caminhantes existe um bom passeio, que é uma trilha que também começa na enseada da ilha principal, na praia conhecida como Praia do Desembarque, seguindo para a outra metade da ilha, atravessando pelas fendas e seguindo até o histórico farol. Dessa trilha podemos apreciar um lindo visual do litoral das cidades de Maricá e Niterói com destaque para a Pedra do Elefante e para a longa Praia de Itaipuaçu. Também é possível ver ao fundo as montanhas da cidade do Rio de Janeiro, com destaque óbvio para o Pão de Açúcar.

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O ponto mais visitado pelos mergulhadores é a enseada da ilha principal, onde há diversas pedras, tocas, grande variedade de vida,

O ponto mais visitado pelos mergulhadores é a enseada da ilha principal, onde há diversas pedras, tocas, grande variedade de vida,

O ponto mais visitado pelos mergulhadores é a enseada da ilha principal, onde há diversas pedras, tocas, grande variedade de vida,[/caption]

Como Chegar

As Ilhas Maricás podem ser acessadas com a ajuda dos pescadores da colônia de pesca em frente à rua 70, às custas de alguns reais. O pescador realiza o transporte às 6h, pois após este horário ele sai para pescar e retorna apenas às 9h, voltando a transportar passageiros. O transporte dura de 20 a 30min.

Antes de desembarcarmos na ilha, o pescador pode, opcionalmente, dar uma volta próximo às outras pequenas ilhas que formam este arquipélago. O desembarque ocorre por uma praia cheia de mariscos e relativamente suja.

A Trilha

Por se tratar de uma ilha de 1,5km de extensão com algumas trilhas, a orientação das caminhadas é fácil. Pode-se basicamente percorrer toda a ilha andando, sendo aconselhável dar uma passada no farol.

A caminhada se inicia na praia e segue a princípio por uma trilha em direção ao interior da ilha, passando um trecho mais coberto de mata e com indícios de presença humana (eventualmente com barracas de pescadores que alí passam a noite). A trilha vira para a direita mais ou menos próxima de um poço de água salobra. Caso se decida acampar na ilha, esta água pode ser usada para banhar-se, mas não para beber.

No caminho pode-se aproximar um pouco mais do mar para avistar uma pedra de curiosa forma. Possibilidade de conquista de uma escalada em boulder.

Uma das grandes atrações das Ilhas Maricás são as grandes fendas que por pouco não dividem a ilha ao meio. É aconselhável usar calça comprida nas caminhadas, pois em alguns trechos a trilha se torna um pouco fechada. Também há muitos aclives e declives ao longo do caminho ao farol. Caso tenha alguma dúvida se está realmente no caminho certo, apenas siga em direção ao farol.

Próximo ao farol há um bonito local coberto pela mata, apropriado para um bom descanso. Seguindo um pouco mais além do farol, surgem outras trilhas cabíveis de serem exploradas.

Retornando à praia onde ocorreu o desembarque, os adeptos de um bom mergulho podem aproveitar as águas claras para ver peixes, corais e um navio naufragado não muito distante deste local (Naufrágio Moreno, 1874).

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Croqui das partes submersas do navio.

Croqui das partes submersas do navio.

Croqui das partes submersas do navio.[/caption]

História: O Naufrágio do Moreno

A embarcação Moreno, pertencente à Compagnie des Chargeurs Réunis havia entrado, dia 13 de Outubro de 1874, no porto do Rio de Janeiro, procedente do Rio da Prata com escala em Santos, após uma viagem de 10 dias.

À bordo estavam 38 tripulantes e 10 passageiros. Dois destes passageiros iriam ficar no Rio, o Sr. Louis Lemblia e seu criado Jean, e os outros seguiriam para Le Havre, porto de destino da embarcação. Em seus porões, carga variada da qual faziam parte 10.000 sacas de café embarcadas em Santos.

Em sua parada no Rio recebeu, além de cargas consignadas à empresa J.P. Martin, Potey & C., representante da Chargeurs no Rio de Janeiro, uma passageira, Mme. Joanne Philippe e mais um tripulante.

O Moreno era uma embarcação nova, tendo sido construída nos estaleiros em La Seyne no ano de 1872. Possuía 95,45 metros de comprimento, 10,5 metros de boca e com seu motor a vapor de 860 CV, deslocava suas 1971 toneladas ( 1.141 ou 1.436 toneladas segundo os jornais brasileiros da época ) a uma velocidade de 11,6 milhas/hora.

Tendo saído do porto às 17:00 horas, capitaneado pelo comandante A. Thomas, e navegando a uma velocidade de 10 milhas/hora, eis que, por volta das 19:30 encalha fortemente nas pedras da enseada da Ilha das Maricas. Terminava assim a 5a. e última viagem do navio francês.

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Localização do navio no mar.

Localização do navio no mar.

Localização do navio no mar.[/caption]

Pela manhã do dia seguinte, o capitão do porto do Rio de Janeiro, foi informado do ocorrido e enviou para o local o transporte nacional Bonifácio, que regressou à tarde com todos os 48 náufragos. 

Mesmo tendo sido salvos todos os passageiros e tripulantes, o comandante Thomas, teve que lamentar a perda total da carga e da embarcação. Justificando o ocorrido, o comandante alegou falha nas “agulhas” (bússolas) causada por “um tempo excessivamente nublado e atmosfera carregada de eletricidade”, que o impediram de manter o rumo.

Esta foi a primeira perda total de uma embarcação da Chargeurs Réunis e seu valor, além do da carga, foi pago pelos seguradores no ano seguinte.

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