LEI SECA MARICÁ- O artista plástico Edymundo Colaço foi encontrado morto na manhã desta quinta-feira, 08, em um casa no bairro do Flamengo, em Maricá.
Pela manhã, Luiz Edymundo Colaço de Lacerda, de 61 anos, foi encontrado baleado em um sofá do escritório da residência, onde também era o seu atelier. Uma escopeta calibre 12 foi encontrada no local.
Socorristas do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) de Maricá foram até o local, mas nada puderam fazer.
Policiais Militares da 4ª Cia (Maricá) estiveram no local e acionaram a Perícia da Polícia Civil. Peritos do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) periciaram toda a casa e também a arma encontrada no escritório, que estava ao lado do corpo do artista plástico.
Familiares acreditam na hipótese de suicídio. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) de Itaboraí. O caso foi registrado e será investigado pela delegacia de Maricá (82ªDP).
História- Criado em família de tradição artística, Edymundo Colaço iniciou sua carreira em 1980, utilizando técnicas como serigrafia, litografia e airbrush sobre papel e tela. Atualmente estava dedicado à pintura em acrílico sobre tela e à cerâmica de baixa temperatura.
Edymundo era um artista gráfico pela qual as cores eram o suporte de suas criações. Adotava formas geométricas e repetições em suas obras. Edymundo inspirava-se nas cores vivas, resultando em um estilo bem brasileiro.
A Família Colaço- A família Colaço tem tradição artística há gerações. O bisavô de Edymundo Colaço, por parte de pai, o português Jorge Colaço, foi um dos maiores azulejistas de Portugal no princípio do século XX. Executou vários projetos entre Portugal e Brasil, como o Terminal de trens Estação da Luz, no Porto, e o painel na entrada da sede do Clube Vasco da Gama, no Rio de Janeiro.
O avô de Edymundo Colaço, Thomaz Ribeiro Colaço, escritor e jornalista, fundou e dirigiu o semanário literário O Fradique – única publicação do gênero em Portugal. Casou-se com a francesa nascida em Tanger Madeleine Colaço, tapeceira que se inspirou nas tradições e artes seculares realizadas nos palácios dos sultões daquele país.
Quando o casal exilou-se no Brasil, em 1940, Madeleine logo se encantou com a alegria das cores e da fauna e flora, o que norteou definitivamente sua obra.
Sua contribuição tecnológica à tapeçaria mundial foi a criação do “ponto brasileiro” que, combinado à sua criatividade, deu origem a um traço peculiar do folclore e da vegetação brasileira nas obras. Filha de Madeleine e Thomaz, Concessa Colaço também dedicou sua vida à tapeçaria, desenvolvendo uma carreira internacional.
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