15/05/2014 às 06h49min - Atualizada em 15/05/2014 às 06h49min

Abolição da Escravatura é comemorada em Maricá

[caption id="attachment_36574" align="alignleft" width="300"]
(Foto :: Clarildo Menezes)

(Foto :: Clarildo Menezes)

(Foto :: Clarildo Menezes)[/caption]

LSM/ASCOMPMM- A Lei Áurea, sancionada em 13 de maio de 1888, foi assinada pela Princesa Isabel. Em Maricá, a data foi comemorada em frente ao Cemitério Municipal, local escolhido para instalação do busto da escrava Anastacia. Além dele, foi afixada uma placa com a história da personalidade. A cerimônia contou com a presença de autoridades municipais, além de representantes de ONGs e instituições religiosas de matriz africana.

Após Hino Nacional, o secretário municipal de Direitos Humanos e Cidadania, Miguel Moraes, ressaltou a importância dos africanos na história do país. 

“A eles devemos grande parte da nossa cultura e do progresso do país. Reverenciada por religiões de matriz africana, Anastácia é um símbolo de resistência à opressão colonial”, disse. Quem também discursou sobre a importância da data foi o superintendente de Matrizes Africanas, da Secretaria de Assuntos Religiosos, Antônio Jonas Chagas Marreiros, também conhecido com Liminha. “Temos duas datas referenciais para a etnia negra no Brasil: o Dia Nacional da Consciência Negra (20 de novembro) e o 13 de maio, data oficial da abolição da escravatura. Dia em que, por direito e força da lei, os negros escravizados, durante 300 anos, finalmente ganharam sua liberdade. Através da inauguração do busto da escrava Anastácia, prestamos homenagem a todos os afrodescendentes”, concluiu.

No mesmo dia, na Casa de Cultura de Maricá, foi assinado o Termo de Posse da Diretoria Provisória da Associação de Umbandistas e Candomblecistas de Maricá, com um caldo de feijão amigo, herança da culinária africana no país. Atualmente, o município possui mais de 300 terreiros e mais de três mil adeptos.

História Anastácia nasceu em 12 de maio de 1740, na fazenda de Joaquina Pompeu, em Minas Gerais. Filha de Delminda, da tribo africana Bantu, tinha lindos olhos azuis.  No imaginário popular, Anastácia era uma escrava de rara beleza, que chamava atenção de qualquer homem. Ela era curandeira, ajudava os doentes e, com suas mãos, fazia verdadeiros milagres. Por se negar a ir para a cama com seu senhor e se manter virgem, foi espancada e sentenciada a usar uma máscara de ferro por toda a vida, só tirada às refeições. 

Cultuada no Brasil e na África como heroína e santa, é considerada uma das mais importantes figuras femininas da história negra. Seus restos mortais foram encontrados na Igreja do Rosário, no Rio de Janeiro, e sumiram após um incêndio. 

Curta a Página do Lei Seca Maricá no Facebook => @Lei Seca Maricá OFICIAL
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp