19/08/2012 às 15h39min - Atualizada em 19/08/2012 às 15h39min

Aeroporto de Maricá para atender o Complexo Petroquímico do Estado e Polo Naval

Maricá terá até 2017 base para aviões de pequeno porte e helicópteros. Previsão é que novo aeroporto tenha movimento de 68 mil passageiros e 10 mil aviões por ano

Aeroporto ainda possui escolas de aviação e emprega cerca de
250 pessoas. (Fotos: André Redlich)
O FLUMINENSE - O Aeródromo Municipal de Maricá deverá se tornar um aeroporto de pequeno porte até 2017, com base operacional para helicópteros e para atender demandas do futuro Polo Naval de Jaconé e do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí, de acordo com a Prefeitura de Maricá.

A previsão é de que o novo aeroporto tenha um movimento de 68 mil passageiros por ano, com tráfego estimado de 10 mil aeronaves/ano. A movimentação de carga também deverá ser expressiva para um aeroporto regional de pequeno porte, em torno de 4.300 toneladas. A expectativa de crescimento anual é de 7% para passageiros e 10% para movimentação de cargas.

De acordo com a Prefeitura de Maricá, a empresa Informe Empresarial, contratada por meio de licitação pública, está desenvolvendo um estudo de viabilidade do projeto, que deverá ser concluído até outubro deste ano.

Está prevista no projeto a criação de um terminal de embarque e desembarque e toda estrutura necessária para abrigar aviações aéreas executivas, como brigada de incêndio, além da instalação de equipamentos de segurança e monitoramento. Ainda segundo o estudo, não será preciso ampliar a atual pista de pouso e decolagem. Ela já está capacitada para receber aviões executivos e aviação regional de pequeno porte, com extensão de 1.150 metros.

O objetivo, de acordo com a prefeitura, é fazer a concessão, por meio de processo licitatório, com uma empresa que será responsável pelo complexo viário e pelo custeio das obras. Parte do faturamento bruto do aeroporto, que engloba as taxas decorrentes das operações aéreas e todas as ações comerciais no âmbito do terminal, como a cobrança de estacionamento e o faturamento de lojas e bares, deverá ser repassado para o município. A licitação, no entanto, ainda não tem data para acontecer.

Funcionam irregularmente no espaço 15 empresas, que tiveram seus alvarás caçados pela Secretaria Municipal de Fazenda em maio deste ano e tiveram até o último dia 13 para encerrar as atividades. Essa determinação foi dada porque, em 2005, o Tribunal de Contas do Estado detectou que a gestão municipal da época concedeu o espaço para utilização da iniciativa privada sem que houvesse processo licitatório.

De acordo com o secretário Municipal de Fazenda de Maricá, Roberto Santiago, todas as medidas necessárias já estão sendo tomadas para regularização e início do projeto do aeroporto. “Iremos agora enviar um ofício para a Procuradoria, informando que as empresas estão funcionando de maneira irregular. O projeto do aeroporto irá trazer muitos benefícios para a população, inclusive no aspecto da segurança, porque antes não tínhamos o controle do espaço aéreo”, completou.

Já o presidente do Aeroclube Escola de Pilotagem de Maricá, empresa mais antiga que funciona no aeródromo, Alberto Cardoso de Azevedo, relatou que a empresa está recorrendo da medida.“Notificamos o Comando da Aeronáutica e a Agência Nacional de Aviação Civil. Não podemos simplesmente fechar e demitir todos os funcionários, sem falar dos alunos brasileiros e estrangeiros que já compraram pacotes de cursos. Se a prefeitura está fazendo um novo projeto, nós gostaríamos de participar”, disse.

Atualmente cerca de 250 pessoas trabalham no aeródromo entre funcionários das empresas e terceirizados.

Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp