08/09/2014 às 19h19min - Atualizada em 08/09/2014 às 19h19min

Crianças sofrem com a falta de pediatras na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Inoã

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UPA de Inoã sem pediatras no final de semana. (Foto ::  Romário Barros | LSM)

UPA de Inoã sem pediatras no final de semana. (Foto :: Romário Barros | LSM)

UPA de Inoã sem pediatras no final de semana. (Foto :: Romário Barros | LSM)[/caption]

LEI SECA MARICÁ :: ROMÁRIO BARROS-  Pais que procuram atendimento médico para os seus filhos nos últimos três finais de semana na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Inoã tiveram que voltar para casa. Não existia placa afixada na frente da instituição hospitalar informando que não havia médico pediatra de plantão, como acontece normalmente. A informação era repassada por funcionários da unidade hospitalar.

Foi o que aconteceu com a dona de casa Marinete Brito da Silva, que saiu de Itaipuaçu, para buscar atendimento para o filho Flávio, de 06 anos. Ela procurou a UPA no início da tarde de sábado porque o filho está com sintomas de alergia e com dificuldades de respirar conforme relatou à nossa reportagem. "Chegamos aqui e damos com a porta na cara. Fomos informados na recepção que não tem pediatra para atender hoje”, relatou.

A cena também se repetiu para Marcio dos Santos Pimenta, morador de Santa Paula. O filho Gustavo, de 04 anos, está com febre alta e também recebeu a informação de que não existe médico pediatra na UPA no sábado. Ele tentou falar com algum responsável pelos atendimentos ou com alguém da diretoria, mas a resposta é sempre a mesma: "não há ninguém para atendê-lo”, disse uma funcionária, de acordo com Marcio.

As explicações para isto acontecer são várias, sendo a mais óbvia a baixa remuneração do especialista em pediatria, por se tratar de uma especialidade puramente clínica, que não tem procedimentos pelos quais o profissional possa ser melhor remunerado, como ocorre num procedimento cirúrgico. Os pediatras recebem trabalhando 20 horas por semana R$ 10.412 ou R$ 20.824 por 40 horas.

Outras causas estão no fato de que pais preocupados ligam para o pediatra a qualquer hora, o que exige, por parte do profissional estar à disposição 24 horas do dia; além da dificuldade de lidar com uma criança, que muitas vezes não se expressa adequadamente. Outra explicação para faltar mais pediatras do que outros médicos começa nas faculdades: os alunos de medicina não estão interessados na especialidade.

Com relação às informações solicitadas, a Prefeitura de Maricá esclareceu que a carência de pediatras dispostos a trabalhar nos plantões de fim de semana é um problema que não afeta apenas o município de Maricá, mas diversos outros.

Ainda de acordo com a Prefeitura, a Secretaria Municipal de Saúde não tem economizado esforços no sentido de contratar os profissionais necessários para o seu quadro de médicos, mas nessa especialidade a dificuldade é muito grande.

Enquanto as vagas não são preenchidas, a Secretaria Municipal de Saúde orienta a quem precisar desse tipo de atendimento nos fins de semana para que em vez de procurar a UPA dirija-se ao Hospital Municipal Conde Modesto Leal, cuja equipe médica, segundo a Prefeitura está completa.

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