De um ano para cá, a quilometragem de rodovias em bom estado no Rio de Janeiro cresceu. Em 2013, eram 736 km e, atualmente, são 1.084 km. Seria uma boa notícia se isso não significasse, na verdade, uma queda no serviço prestado. Enquanto esse tipo de classificação cresceu, a extensão considerada ótima caiu pela metade em apenas um ano. De acordo a pesquisa sobre rodovias divulgada ontem pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), a extensão da malha rodoviária considerada em ótimo estado caiu pela metade de 828 km para 411 km, do ano passado para este.
O levantamento da CNT considera o pavimento, sinalização e a geometria, além de informar um estado geral. As principais rodovias da Região Metropolitana (RJ-104, RJ-106, RJ-124 e BR-101) se mantiveram com a mesma classificação, mas pioraram em alguns quesitos – nenhuma apresentou evolução –, levando em consideração tanto as de gestão públicas quanto as concedidas.
Se serve de consolo, embora a extensão em ótimo estado tenha diminuído, manteve-se estável a parcela em estado satisfatório – acima de de regular.
A maior fraqueza, segundo o relatório, é a geometria das rodovias. Em 2014, são 43,5% satisfatório (17% ótimo e 26,5% bom), o que significa uma queda de 2,1 pontos percentuais em relação ao ano passado.
A pesquisa da CNT analisou este ano 2.450 km de rodovias, dos quais 1.214 km (49,5%) são de gestão do poder público e 1.236 km (50,5%) são de empresas concessionárias. A maior parte da malha é de rodovias federais, 1.634 km (66,7%) e 816 km estaduais (33,3%).
A TRIBUNA
