12/11/2014 às 12h09min - Atualizada em 12/11/2014 às 12h09min

Operação ‘Lucro Fácil’ prende casal em Maricá

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Casal foi levado para a delegacia de Maricá. (Foto :: Romário Barros | LSM)

Casal foi levado para a delegacia de Maricá. (Foto :: Romário Barros | LSM)

Casal foi levado para a delegacia de Maricá. (Foto :: Romário Barros | LSM)[/caption]

LEI SECA MARICÁ- O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) e a Coordenadoria de Inteligência da PMERJ (CI/PMERJ), com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (CSI/MPRJ), deflagraram, na manhã desta quarta-feira (12/11), em diversos municípios do Estado, a Operação Lucro Fácil. Até o início da tarde, foram cumpridos 18 dos 41 mandados de prisão preventiva contra pessoas acusadas dos crimes de quadrilha armada, usura pecuniária (agiotagem), extorsão e corrupção ativa.

O casal identificado como José Ricardo Pereira da Costa e Rafaelly Pacheco Dias foram presos em Maricá pela manhã. Eles foram encaminhados levados para a delegacia de Maricá (82ª DP) e autuados, segundo a Polícia Civil, por extorsão.

Dentre os presos estão dois policiais militares e um policial civil. Também foram cumpridos 72 mandados de busca e apreensão, além de requeridos e o sequestro, bloqueio e indisponibilidade dos bens e valores dos denunciados. Foram apreendidos um revólver calibre 38, 141 munições, dois carregadores de pistola calibre 380, uma granada luz e som, RS 306,25 em espécie, oito cheques totalizando RS 38 mil, um cordão de ouro, uma coronha de revólver, um kit de limpeza de arma e uma touca ninja.

Segundo a denúncia, o grupo agia a partir de dezenas de escritórios de agiotagem espalhados nos municípios de Macaé, Rio de Janeiro, Niterói, Duque de Caxias, Queimados, Barra Mansa, Nova Iguaçu, Parati, Itaguaí, Campos, entre outros, concedendo empréstimos de dinheiro sob juros superiores a 30% ao mês, bem superior ao permitido por lei. Nas hipóteses de inadimplência ou atrasos no pagamento por parte dos “clientes”, as cobranças eram realizadas mediante extorsão e roubo praticados pelos membros da quadrilha, envolvendo ameaças e violência física contra os devedores ou seus familiares.

Para a obtenção do empréstimo, a vítima comparecia a um dos escritórios e fornecia cópias de documentos pessoais, endereços residencial e profissional e números de telefone, além de contatos de pessoas próximas, como parentes e vizinhos, e assinava uma nota promissória no valor da dívida. Os denunciados não exigiam qualquer comprovação de renda ou patrimônio como “garantia”, bastando o preenchimento de um cadastro, com o fornecimento desses dados.

Depois de formalizar o negócio, os criminosos entravam em contato com um escritório central denominado “controle”, onde eram registradas todas as informações para a coordenação das ações (valores dos débitos, dados cadastrais, datas de vencimento etc.). Os escritórios recebiam codinomes para identificação entre os próprios integrantes da quadrilha, como “Marte, “Mercúrio”, “Saturno”, “Júpiter”, “Terra”, “Plutão”, “Sardinha”, “Tainha” e “Garoupa”, entre outros.

Para perpetuar a dívida, a quadrilha inibia o pagamento integral do débito, ludibriando o devedor a pagar somente o montante dos juros, somando assim mais juros ao saldo devedor remanescente.


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