21/11/2014 às 00h01min - Atualizada em 21/11/2014 às 00h01min

Suposta onça vista por moradores em Itaipuaçu é um Puma Yagouaroundi

Popularmente conhecido como 'Jaguarundi', o animal é classificado pelo IBAMA como ameaçado de extinção.

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Foto ilustrativa Lei Seca Maricá

Foto ilustrativa Lei Seca Maricá

Foto ilustrativa Lei Seca Maricá[/caption]

LEI SECA MARICÁ :: ROMÁRIO BARROS- No dia 12 de novembro, o Lei Seca Maricá publicou com exclusividade o caso de uma suposta onça que teria sido flagrada por um câmera de segurança de uma loja de materiais de construção situada na Rua 66, no loteamento Jardim Atlântico, em Itaipuaçu. De acordo com especialistas no assusto, a suposta ‘onça’ trata-se de felino de uma espécie chamada pelo nome cientifico de Puma yagouaroundi, ou popularmente conhecido no Brasil pelos nomes comuns Jaguarundi, Gato-mourisco, Gato-vermelho ou até Gato-preto.

Este felino tem aparência bastante distinta. Seu corpo é delgado e alongado. A cabeça é pequena e achatada, as orelhas curtas e arredondadas, as pernas curtas e a cauda muito longa. Possui coloração variando do preto ou castanho escuro ao avermelhado. Os indivíduos de coloração mais escura estão comumente associados a florestas enquanto que os mais claros são encontrados em ambientes mais secos.

O ‘Jaguarundi’ alimenta-se basicamente de pequenos mamíferos, répteis e aves terrestres, podendo eventualmente chegar a utilizar animais de porte superior a 1kg. É classificado pela IUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza) como “pouco preocupante” mas a destruição de hábitats é a principal causa de ameaça. Embora seja pensado ser em geral mais resistentes à perturbação humana, a perda de habitats tem um impacto negativo sobre a sua probabilidade de ocorrência. Além disso, o pequeno conhecimento sobre a biologia desta espécie, limita a possibilidade de estratégias de conservação eficazes e é classificada pela pelo IBAMA, como ameaçado de extinção.

O secretário de Ambiente de Maricá Tiago de Paula disse que esta espécie é apontada no Plano de Manejo do Refúgio de Vida Silvestre da cidade, como animal símbolo. Declarou que apesar de ser comum o resgate de animais silvestres na cidade, como jacaré-do-papo-amarelo, cobras, raposita, cachorro-do-mato, carcará e coruja, a Secretaria não registrou incidentes com a população.

"Não acredito que o animal vá atacar uma pessoa. Desconheço incidentes desta espécie com seres humanos. Eles se alimentam de roedores, anfíbios e répteis, então o ataque a seres humanos está descartado. É claro que em condições normais. As pessoas não devem tentar agredir o animal, ou capturá-lo, o correto é chamar os Bombeiros", encerrou o secretário.

Até o momento o animal não foi encontrado 

Acompanhe a História

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Cão atacado pela onça. (Foto :: Lei Seca Maricá)

Cão atacado pela onça. (Foto :: Lei Seca Maricá)

Cão atacado pela onça. (Foto :: Lei Seca Maricá)[/caption]

Relatos dão conta que o felino apareceu no último dia 10 e atacou um cão da raça dálmata no loteamento Rincão Mimoso. O animal foi levado para a veterinária poubel, na Rua 1, não resistiu e faleceu.

Dois depois, no dia 12 de Outubro, a ‘onça’ foi vista pela segunda vez na Rua 66, no loteamento Jardim Atlântico. Câmeras de segurança de uma loja de material de construção, registraram o momento que ele apareceu na região.  

Sidney Batista Dniz, de 36 anos, é motorista de caminhão no estabelecimento e viu a susposta onça.

"Eu estava carregando um caminhão de ariola. Na hora em que eu fechava o portão, percebi  que um animal entrou no pátio da loja. Ele se escondeu atrás de um monte de areia. Quando eu fui na direção, a onça pulou e eu levei um susto. Ela pulou o muro e fugiu. Saí correndo e falei com o pessoal. Ninguém acreditou. Moro aqui em Itaipuaçu há 16 anos e nunca vi onça por aqui", disse.

Depois de ver o funcionário assustado, a gerente Lindomar Ferreira Caldas, de 52 anos, resolveu conferir se alguma câmera de segurança tinha registrado o bicho. "Ele entrou aqui em estado de choque e disse que viu uma onça. A gente começou a rir. Tivemos a ideia de ver as imagens da câmera e encontramos a onça. Ficamos de queixo caído", declarou a gerente.

No mesmo dia, a ‘onça’ atacou um outro cão. Informações passadas pelo Whatsapp do LSM informaram que a onça atacou um cão da raça Pitbull no quintal de uma casa por volta das 22h30min, na esquina da Rua 48 com a Avenida 2.

De acordo com o dono do animal, Moacir Oliveira, o cão ficou bastante ferido e foi levado para a veterinária Poubel, na Rua 1, em Itaipuaçu. Ele foi medicado, levou alguns pontos e passa bem.

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O LSM foi o primeiro veículo de comunicação que divulgou as imagens.

O LSM foi o primeiro veículo de comunicação que divulgou as imagens.

O LSM foi o primeiro veículo de comunicação que divulgou as imagens.[/caption]

Já no início da madrugada do dia 13 de Outubro, o internauta Luan Lorenna Chagas também contou que viu um grande animal, tipo uma onça, na altura do Posto Golfinho, na Estrada de Itaipuaçu. (Câmera de segurança flagra onça caminhando em Itaipuaçu). 

No último domingo, 16, um morador informou ao LSM que a onça teria matado um Bezerro, também no Loteamento Rincão Mimoso (‘Onça’ mata bezerro em Rancho de Itaipuaçu, diz morador), onde ela teria aparecido pela primeira vez.

Nesta segunda-feira, 17, moradores da Avenida A, em Inoã, teriam visto o animal nas redondezas. (Após ser avistada por moradores, Bombeiros fazem buscas por ‘Onça’ em Inoã).

Na terça-feira, 18, os moradores do Jardim Atlântico também teriam visualizado o felino entre as Ruas 63 e 64. (Bombeiros realizam novas buscas por onça no Jardim Atlântico, em Itaipuaçu). 

Recomendações

O Comandante do Corpo de Bombeiros de Maricá, Major Wendell Carlos  pede para que a população entre em contato pelo telefone 193 caso aviste o animal nas redondezas para que seja realizada sua captura.  Ele ressalta para que não sejam passados trotes.

“A recomendação é que os moradores, caso avistem o animal novamente, não tentem capturá-lo ou se aproximar. Liguem para os Bombeiros que iremos até o local. Caso a onça seja capturada iremos levar o animal para a Secretaria de Ambiente, onde irá passar pelo acompanhamento de um biólogo para que seja solta em seu habitat natural. Pedimos encarecidamente que não nos passem trotes, pois uma viatura é deslocada para o local e poderá fazer falta se acontecer outro tipo de ocorrência em algum ponto do município.” Disse. 


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