LEI SECA MARICÁ :: ROMÁRIO BARROS- Após denúncias que foram compartilhadas por mais de quatro mil pessoas no facebook, uma operação desencadeada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MP-RJ), Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), pela Unidade de Policiamento Ambiental da Serra da Tiririca (UPAm Serra da Tiririca) e Protetores de animais terminou com o resgate de 18 cães da raça poodle que viviam em condições precárias em uma casa no bairro de Inoã, distrito de Maricá. Um homem foi preso e irá responder por maus tratos a animais.
Nesta sexta-feira, 12, com o auxílio de protetores de animais e de um veterinário, os cachorros foram retirados da casa e já estão em um novo lar. Os agentes da Polícia Civil entraram na casa e retiraram os animais. Cerca de 10 protetores, já adotaram os animais e prometaram dar muito amor e carinho aos cães que estavam sofrendo nos últimos meses.
O proprietário da casa, identificado apenas como Reginaldo, que mora em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi até a casa localizada na Travessa Figueira e foi preso.
Foi dada voz de prisão ao homem por maus tratos de animais e ainda ele poderá responder por desacato, desobediência e ameaça aos protetores e agentes que estiveram no local.
Entenda a História
[caption id="attachment_51932" align="alignright" width="300"]O protetor de animais Gilmar Correa denunciou no dia 5 de dezembro em seu Facebook que dezoito Poodles se encontram confinados dentro de uma casa em Inoã, distrito de Maricá. De acordo com o protetor, ele foi até a casa e se indignou com a situação precária que os animais se encontravam. “- O proprietário me procurou, fui até o local ver a situação e me horrorizei com o que vi. Ele alega não ter mais condições psicológicas e nem financeiras de continuar mantendo esses bichinhos.” Contou Gilmar.
Gilmar contou detalhes sobre o caso. “-Eles passavam a semana toda trancados dentro desta casa e em cômodos separados para diminuir as brigas. O proprietário mora em Caxias e me disse que só pode ir na casa 2 ou 3 vezes por semana trocar a água limpar o local e colocar Ração, faltando ao seu trabalho, e já vem no caminho pedindo a Deus para estar tudo bem, mas que quase sempre ao chegar na casa tem uma surpresa desagradável como animais mutilados, machucados”. Disse.
Segundo Gilmar, os animais ficavam divididos e com condições mínimas de higiene. “Os animais ficavam divididos nos cômodos da casa: 5 em um quarto, 5 em outro 3 num banheiro 5 em uma área. O mais grave de tudo é que quase toda semana morria um dilacerado, pois quando começa uma briga (e eu presenciei 2 delas) os animais partiam todos para cima do mais fraco e se não fossem apartados, o animal era simplesmente dilacerado. No último caso me contou o proprietário que ao chegar na casa encontrou o que sobrou de um deles preso na grade da porta, pois estava tentando se salvar e foi atacado por mais outros do outro lado. Desculpem-me contar o fato tão detalhadamente, mas é para vocês entenderem que o caso era realmente muito GRAVE.” Enfatizou.
Gilmar contou que no início eram 24 animais, porém, hoje só existiam 18 por que 6 morreram por conta das condições, e sempre os mais fracos. Um dos compartilhamentos, chegou até a autoridades competentes que decidiram fazer a operação nesta sexta-feira.
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